Luciano na festa do Timão


Em pé: Zé Maria, Tobias, Moisés, Ruço, Ademir e Waldimir; agachados: Vaguinho, Basílio, Geraldão, Luciano e Romeu

O pesqueirense Luciano Veloso, um eterno ídolo do futebol pernambucano, com passagens pelo Santa Cruz, que o lançou, depois de tê-lo ‘pescado’ no juvenil do CRB-AL, também espalhou plantou sua fama e sua simpatia no Sudeste. Luciano foi um dos jogadores, que em 13 de outubro de 1977, fizeram a torcida do Corinthians revirar de alto a baixo a cidade de São Paulo, tornando o Timão campeão paulista, depois de uma batalha de 23 anos. O alvinegro do Parque São Jorge tinha dado a volta olímpica pela última vez em 1954. 

Naquele ano, a Pauliceia Desvairada festejava seu quarto centenário de fundação, e como o Corinthians era conhecido como Campeão do Centenário, por ter levantado a taça em 1922, quando se comemoravam 100 anos da Independência do Brasil, passou a ser tratado após a nova conquista, como o Campeão dos Centenários.


As glórias durante mais de duas décadas pareceram ter ficado esquecidas, em meio a sofrimentos e frustrações seguidos, mas de muita persistência. Até que em 1977, numa empolgante decisão com a Ponte Preta, o Mosqueteiro, como também era chamado, enterrou de uma vez por todas aquela parte nada lisonjeira de sua história. Corinthians, campeão paulista, com uma vitória de 1 x 0 sobre a Macaca, gol de Basílio. Pernambuco estava presente com Luciano, que os torcedores tratavam por Coalhada por causa da vasta cabeleira, tal qual um jogador com aquele apelido, um dos incontáveis personagens encarnados pelo célebre Chico Anísio. 

– Foi uma coisa para ninguém esquecer mais – afirma Luciano, ele que logo aos cinco minutos de jogo meteu uma bola na trave.

E ninguém esqueceu mais. Tanto os campeões estão sempre se reunindo a cada aniversário daquele sucesso. Este ano são decorridos 41 anos, e Luciano estará presente às comemorações deste fim de semana no Parque São Jorge.

– No ano passado foi  em Itaquera, no estádio corintiano.

É o momento de rever companheiros e relembrar aquele momento.

– O ônibus, com os jogadores do Corinthians, só pôde deixar o Morumbi lá pelas três horas da madrugada, porque não havia como transitar, recorda Luciano.

Seu antigo companheiro no Santa e no Corinthians, Givanildo, também foi convidado para o festão deste sábado (20), com tudo financiado pelo clube, mas não quis ir. O hoje treinador Givanildo Oliveira, participou de metade da campanha, mas pediu para sair. 

Comenta-se que por causa das cobranças e das críticas. No jogo decisivo, o goleiro era um conhecido dos pernambucanos, o goleiro Tobias, campeão pernambucano de 1975 pelo Sport, juntamente com Luciano. Ainda estavam lá, embora não fossem titulares, os laterais Cláudio Mineiro, também campeão pelo Sport, em 1975, e Beline, saído da base do Leão.

Os onze que participaram da grande final, comandados pelo gaúcho Osvaldo Brandão, foram Tobias; Zé Mabria, Moisés, Ademir e Wladimir; Ruço, Basílio e Luciano; Vaguinho, Geraldão e Romeu.

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