Morte de Adelson Wanderley; a difícil fase que o Sport vive na luta contra o rebaixamento; o troco do CSA em cima do América e o jogo do Santa nesta segunda, no Arruda; a Roda Viva na TV Nova, com uma equipe de jornalistas de primeira. Estes, alguns assuntos da coluna.
ADELSON SE FOI
A foice devoradora parece ter sentado praça no futebol pernambucano. Na semana passada perdemos duas figuras enigmáticas. A primeira foi o quase nonagenário Urbano Serpa Brandão, de muitos serviços prestados, principalmente ao Íbis e ao América. No dia seguinte quem nos deixava era Gena, participante de cinco campeonatos (1964 a 1968) da campanha do Hexa, do Náutico, e de três, 1970, 71, 72, do Penta do Santa Cruz. Agora tomo conhecimento da viagem sem volta de Adelson Wanderley, como Urbano e Gena, uma figura muito querida.
Adelson tem uma longa
carreira no futebol pernambucano. Seu primeiro clube foi o América, na condição
de preparador físico, função que ocupou no Náutico e no Santa Cruz. Neste atuou
também na área burocrática do futebol. Fez uma tentativa como treinador. Chegou
a treinar uma equipe em Portugal. Depois que regressou a Pernambuco, voltou à
preparação física. Há muitos anos exercia o cargo e gerente de Futebol do
Sport. Tinha um irmão, Adilson, como ele, coronel da Polícia Militar de Pernambuco.
O mano tinha ido primeiro.
Ainda na noite deste
domingo, numa conversa com Hugo Benjamim, por telefone, falamos em algumas
pessoas ligadas ao futebol, entre as quais Adelson. Que àquela altura já havia
nos deixado.
O corpo está sendo velado nesta segunda-feira na sede do Sport e às 14h segue para o Morada da Paz, em Paulista, onde será cremado.
O corpo está sendo velado nesta segunda-feira na sede do Sport e às 14h segue para o Morada da Paz, em Paulista, onde será cremado.
EFEITO BUMERANGUE
Na 3ª rodada da Copa do
Nordeste Sub-20, um placar chamou atenção. Foi a goleada de 5 x 0 que o
América, daqui do Recife, aplicou no CSA, no Estádio Ademir Cunha, em Paulista.
Essa tunda – para usar um termo bem antigo – que o clube do Mutange levou foi,
sem dúvida, um despropósito. Não é que uma semana depois, ou seja, neste
domingo (18), no jogo de volta, no Rei Pelé, o escore foi repetido? Só que
desta vez em prol dos alagoanos.
COBRINHA NO GRAMADO
O jogo na capital alagoana valeu
pelo Grupo D, que nesta segunda-feira tem Santa Cruz x ABC, às 15h, no Arruda.
Na semana passada, em Natal, 1 x 0 para a Cobra Coral, que lidera o pelotão,
com 7 pontos, seguido de CSA-6, América/PE-4, e ABC-3.
LÁ E LÔ
Foi o que aconteceu com o
Náutico no mesmo Nordestão Sub-20. O Timbu foi a Fortaleza e perdeu para o
Fortaleza por 1 x 0. Na partida de volta, no Gileno de Carli, o antigo campo do
Destilaria, o Tricolor do Pici dobrou a dosem vencendo a equipe
dos Aflitos por 2 x 0.
CHICO JOSÉ NO MEIO DA RODA
Nesta terça-feira, às 21h45,
mais um Roda Viva Nordeste, a ser transmitido pela TV Nova. O cearense
pernambucanizado Francisco José será inquirido por uma bancada de jornalistas
composta por Paulo Moraes, que é gente daqui do blog, Vera Ferraz, Ivanildo
Sampaio, Evaldo Costa, Leo Medrado e Hugo Esteves. O Roda Viva Nordeste é
comandado por Aldo Vilela.
APERITIVO RECHEADO
SANGUE DE CRAQUE
Esse Gabriel, que está
brilhando no Sport, tem o futebol na veia. Ele vem a ser neto de Flávio, um dos
campeões da primeira Taça Brasil pelo Bahia, em 1959. A competição reuniu
apenas os campeões estaduais do ano anterior. Quem me passa o bizu sobre
Gabriel é o baiano Elney Pitangueiras Andrade, filho do ex-lateral esquerdo
potiguar Ney Andrade, ex-jogador do ABC, Sport, América do Recife e do tricolor
baiano.
POR FALAR NISSO...
Só para recordar. Na final
da Taça Brasil, em 29/3/1960, o Bahia derrotou o Santos, no Maracanã, por 3 x
1, gols de Vicente, Leo e Alencar (Bah), e Coutinho (San). Antes, Bahia 2 x 3 Santos,
na Fonte Nova, e Santos 0 x 2 Bahia, na Vila Belmiro. Os times da grande final:
Bahia – Nadinho; Beto, Henrique, Flávio e Nenzinho (paraibano egresso do Treze,
jogou no Náutico, Sport, Santa Cruz e Central); Vicente e Mário; Marito,
Alencar, Leo e Biriba. Santos – Lalá; Getúlio, Mauro, Formiga e Zé Carlos; Zito
e Mário; Dorval, Pagão (Tite, que não é o hoje técnico da Seleção), Coutinho e Pepe. (Nota-se
a ausência do Rei Pelé.) Jogo acidentado. Foram expulsos Vicente (Bah),
Getúlio, Formiga, Dorval e Coutinho (San). O árbitro foi Airton Vieira de
Morais, “Sansão”, do Rio de Janeiro. O técnico do Bahia era o argentino Carlos
Martin Volante. Na sua caminhada para chegar ao título, o Bahia superou CSA,
Ceará Sport e Vasco. Contra o Leão pernambucano os resultados foram estes:
Bahia 3 x 2 (Fonte Nova), Sport 6 x 0 (Ilha) e Bahia 2 x 0 (Ilha).
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