(Jorge Henrique, Ariano Suassuna, Secretaria de Esportes, futebol 7 do Santa, demissão de jornalistas, Everaldo Lopes, Braz e Café, o time dos ilustres)
O FILHO PRÓDIGO
Ninguém se perde no
caminho da volta, disse certa vez o célebre e culto homem público paraibano
José Américo de Almeida, que virou nome de estádio, com o apelido de Almeidão.
É isso que a torcida do Náutico espera do meia-atacante Jorge Henrique. Embora
tenha nascido no Rio de Janeiro, ele foi lançado no futebol pelo clube dos
Aflitos. Tenho ouvido só palavras de confiança a respeito de seu retorno. Seu
João, alvirrubro e comerciante no mercado público – na verdade, privado – de Boa
Viagem, entra no tema, usando sua religiosidade, como um bom evangélico:
– Conhece a história do
filho pródigo, que foi tão festejado na sua volta para casa? É o que está
acontecendo com os torcedores do Náutico nesse regresso de Jorge Henrique.
ARIANO
A criação da Taça Ariano
Suassuna, em disputa anual envolvendo o Sport e um time convidado, é uma merecida
homenagem àquela genialidade que aportou
por aqui, procedente da vizinha Paraíba. Rubro-negro, como seu amigo, o
sociólogo Gilberto Freyre, Ariano estava sempre defendendo o Leão, inclusive,
em democráticas e amenas discussões com o tricolor Capiba, outro seu amigo, de
unha e carne. Sobre essa rivalidade amistosa tenho um interessante episódio a
contar, na coluna Toco, Travo e Canela,
aqui mesmo neste blog, que certamente vai virar blogue, assim como o football
deixou de sê-lo, transformando-se em futebol. Mas isso é outra história. Quanto
à outra, depois eu conto.
QUEM FICA?
Com a mexida dada pelo
governador Paulo Câmara na estrutura administrativa do Estado, há muita expectativa
pela escolha do novo responsável por tocar o setor esportivo, agora não mais
ligado ao turismo e sim à educação, como parece mais coerente. Espera-se que o
substituto seja gente da área, como o radialista esportivo Diego Perez, que,
assessorado por gente do ramo, soube conduzir o barco muito bem.
SUCESSO CORAL
O Santa Cruz festeja duas
façanhas no futebol 7. Na categoria sub-7 sagrou-se tricampeão pernambucano, com
uma incontestável vitória por 4x1 diante do Atlético Olinda. No Sub-20, também levantou
a taça, na Série C, a Terceira Divisão, subindo para a Série B. Na final, goleada
de 7x1 sobre o Beira Rio.
TUDO A LAMENTAR
Quando todos se preparam
para a virada de ano, um fato estarrece, embora não surpreenda, o mundo
midiático. Falo da demissão de vários funcionários do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Nada me surpreende. Não
entro nas razões internas que levaram a empresa a tomar tal atitude. Porém,
tenho a lamentar que muitos chefes de família, vários deles, amigos meus, de
velhos carnavais, estejam de uma hora para outra no olho da rua. Isso acontece
numa época em que a mídia vai cada dia se fechando mais para profissionais que,
mesmo competentes, não podem usar sua experiência em benefício do público. Fico
até sem jeito de desejar um bom Ano Novo a essa gente!
PERDA
A crônica esportiva do Rio
Grande do Norte perdeu uma das suas referências, com a morte do veterano
Everaldo Lopes, cuja coluna Apito Final, na Tribuna
do Norte, eu lia diariamente. Pesquisador, sabia tudo do futebol potiguar.
Encontrava-se com os familiares em pleno Natal quando se sentiu mal. Morreu num
hospital no dia seguinte, quarta-feira, 26. Conheci Everaldo no limiar da nossa
carreira, na redação do extinto jornal Diário
de Natal. Eu estava cobrindo uma temporada do Santa Cruz para o Diario de Pernambuco. Na ocasião, ele me
informou ser pernambucano de Caruaru. Mas já tinha virado papa-jerimum.
COMO O REI SALOMÃO
Uma foto de ex-jogadores chegou
às minhas mãos. Havia um que suscitava dúvidas. Seria Braz, ex-Náutico? Talvez
não porque Braz sempre foi magro e aquele tinha a cara gorda. Mas Lourival,
outro ex-jogador insistia em dizer que era Braz.
– Quando ele chegou para o
juvenil do Náutico tinha mais ou menos esse físico – justificava-se o
ex-volante.
A foto rodou por aí,
ninguém dava razão a Lourival, porém, não indicava o verdadeiro personagem que
a foto parecia esconder. Até que – heureca! – outro ex-futebolista matou a
charada.
– É Café, aquele que
defendeu o Santa Cruz – explicou Gonçalves, ex-Náutico e América.
Para contentar a todos,
dei uma do rei Salomão:
– Vamos, então, chamá-lo
de Café São Braz...
O TIME DELES
Carlos Garcia jornalista) – Santa Cruz
Roberta Jungman (colunista social da Folha de Pernambuco) – Náutico
Zé Maria (ex-jogador do Sport, Náutico, América e Seleção Cacareco) – Sport
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