Time nenhum está preparado
para levar um gol aos 37 segundos de jogo, como aconteceu com o Náutico diante
do Fortaleza na sua estreia na Copa do Nordeste. Isso, além de assustar o time
da casa, causou um tremendo impacto entre os torcedores do campeão pernambucano,
que esperavam que o poder do Caldeirão, por si só, determinasse os rumos da
partida. E isso poderia até ter acontecido, mas noutras circunstâncias.
O pior aconteceu aos 17
minutos, com a expulsão do volante e capitão do time, Josa. Levou o cartão
amarelo, depois de uma reclamação, possivelmente em termos pouco cordiais, e
continuou sua cantilena contra o árbitro baiano Ricarte Gustavo Gonçalves Batista. E tome o vermelho. De longe não dá
para se afirmar nada, mas a gente já conhece o palavreado que reina nessas
ocasiões. Juiz nenhum vai mostrar cartão de graça.
Daí para frente, os dez
jogadores que continuaram em campo tiveram que trabalhar dobrado sob a batuta
de Jorge Henrique, recuado, que puxou o jogo para si. E houve algum tempo de
domínio da equipe da casa.
A possibilidade do empate tornou-se
viável, porém, o Náutico só tinha uma jogada, que era o lançamento para a área,
esperando alguma cabeçada de Wallace Pernambucano ou de alguém que aparecesse
na área, como o zagueiro Camutanga.
A defesa do Fortaleza não
dava brecha, e na única vez em que vacilou, o centroavante balançou a rede. Foi
só o chamado gol de honra porque o Fortaleza já vencia por 3 x 0 (Júnior
Ssntos-2 e Ederson). Placar final, 3 x 1.
A equipe dos Aflitos, mesmo destrambelhada,
ainda criou situações de perigo. Esteve mais perto de empatar, quando o jogo
estava em 1 x 0 do que o Fortaleza fazer o segundo. Com o jogo chegando ao fim,
precisou lançar-se desesperadamente à frente, criando espaços ao tricolor
cearense. Deu no que deu.
Não há tempo para choro,
pois sábado (19) já começa a batalha no Estadual, quando o Timbu buscará mais
um bicampeonato para sua história, num campeonato que se prevê equilibrado. Sua
estreia será em Caruaru contra o Central.
OS
MARGINAIS, COMO SEMPRE
Para completar, a
inquietação voltou a povoar as cercanias do Estádio Eládio de Barros Carvalho, deixando
os moradores preocupados. As brigas de torcidas voltaram. Marginais de
Pernambuco e do Ceará digladiaram-se em plena Av. Conselheiro Rosa e Silva,
provocando muito tumulto.
Até quando essas ações
danosas ao futebol prosseguirão, não se sabe. Vêm de décadas. O mal é nacional.
Já ultrapassou os limites do desporto. Passou a ser uma questão policial. Entra
governo e sai governo, vê-se muito blablabá e nada é feito de concreto para
alijar essa marginalidade do futebol.
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