TORCIDA
TRANSATLÂNTICA
Três torcedores pernambucanos e duas paixões. Sim, porque
dois deles torcem pelo mesmo time. Vemos, pela ordem, os irmãos Hugo Poças e Guilherme
Poças Júnior e João Lott. Os manos são torcedores do Náutico, e João vive e
morre pelo Sport. Hugo mora no Recife e foi à “santa terrinha” a passeio. Os
dois outros saíram do “aranzé” em que transformaram o Brasil e atravessaram o
Oceano Atlântico em busca de dias melhores. Vivem na aprazível e badalada Cidade
do Porto, a segunda do país, localizada numa das margens do Rio Douro, eterna
fonte de inspiração para poetas e literatos em geral. O que une os três, além
do lado familiar – Hugo e Guilherme – é a fraternidade bem pernambucana, o
gosto por uma cervejinha gelada e o futebol.
Hugo, Guilherme e João |
A foto é de domingo passado, 17 de
março, e mostra os três reunidos para acompanhar o Clássico das Emoções em que
Náutico e Santa Cruz empataram pela terceira vez, este ano, e o jogo em que o
Sport derrotou o Central, em Caruaru, e desempregou o treinador Estevam Soares.
A partir de agora é tudo ou nada, e o trio está firme, prometendo ir até onde
der. Hugo e Guilherme querem ver o Náutico levantar mais um bicampeonato na sua
trajetória, e João espera vibrar com seu Sport novamente campeão. Tudo na paz e
sob os acordes do frevo que eles levaram na bagagem e na mente. Mais tarde tem
Salgueiro x Ypiranga, 19h, e Náutico x Vitória, 21h30.
RELEMBRANDO
AUDIR DOUTEMENT
Não faz muito tempo, um clube do Ceará abordar um titular
de algum dos três principais times pernambucanos era algo impensável. Por dois motivos:
os salários pagos em Pernambuco e a maior projeção que o jogador tinha no lado
de cá. Todavia, não é mais assim que a banda toca como gosta de dizer o companheiro
Aderval Barros . A ponto de Ceará e Fortaleza empreenderem uma verdadeira
corrida para levar o lateral esquerdo Sander, efetivo do Sport. Os dois, como
se sabe, estão na Série A do Campeonato Brasileiro.
Sander |
Já o Leão da Ilha, o clube de Sander, foi
empurrado para uma toca mais abaixo na montanha da bola, agora é da Série B. Só falta o saudoso
narrador Audir Frazão Doutement para perguntar e ele mesmo responder: “E o resto?”
“O resto é resto!”
RUBRO-NEGRAS
ESTREIAM
Nesta quarta-feira, 20, às 15h, o Sport inicia sua
trajetória no Campeonato Brasileiro Feminino. Em São Francisco do Conde,
município baiano de 40 mil habitantes, localizado a 67 quilômetros de Salvador,
as rubro-negras enfrentarão o São Francisco, um velho conhecido. Não sei se a
paralisação havida recentemente, quando o clube resolveu acabar com o futebol
feminino, atrapalhou o trabalho da dedicada Nira. É possível que sim. Mas,
vamos torcer.
LOURÁLBER
MONTEIRO
A internet tem possibilitado o contato do ex-árbitro
Lourálber Monteiro com seus amigos e antigos admiradores. Trata-se de um
cearense que viveu muitos anos no Recife, onde estudou e serviu o Exército.
Entrou na arbitragem, e além de Pernambuco atuou noutros Estados. Lembro-me de
um torneio-início, com a Ilha do Retiro lotada e o campo alagado por causa de
um temporal. Como sempre, todas as equipes que disputariam o Campeonato
Pernambucano, prontas para entrar em ação, com jogos curtos e eliminatórios, na
bola rolando e na cobrança de pênaltis.
Lourálber, ainda inciante, estava
escalado para o primeiro jogo, mas depois do tradicional teste, vetou o
gramado, encharcado e enlameado. Foi um choque para o todo poderoso presidente
da FPF, Rubem Moreira. Este alegava que não se poderia frustrar aquele povaréu
que enchia as arquibancadas e não arredara a pé, apesar da chuva. Como o TI era
organizado pela ACDP (Associação dos Cronistas Desportivos de Pernambuco), a
turma para não ter mais trabalho, queria que o festival de futebol fosse
realizado de qualquer maneira, Uma das alegações era a de que o TI não tinha
cunho oficial, não acumulava pontos e era apenas um evento festivo. Lourálber
não abriu mão do direito que as regras que regem o futebol lhe davam de vetar o
campo.
Rubão não se perturbou. Chamou outro juiz, Evandro Ferreira, e escalou-o
para dirigir a primeira partida. A bola rolou com dificuldade, mas o
torneio-início foi realizado. Muita gente achava que Lourálber seria perseguido
por RM, mas isso não aconteceu.
Na foto, vemos Lourálber chegando a Belém para
dirigir Paysandu x Náutico pelaTaça Brasil de 1964. Da esquerda para a direita,
Lenivaldo Aragão (jornalista). Lourálber Monteiro (jornalista), Hélio Pinto
(jornalista), Osvaldo Salsa (dirigente do Náutico), um dirigente paraense,
Bráulio Pimentel (médico do Náutico) e José Lessa (dirigente alvirrubro).
YPIRANGA
Justiça seja feita. O pessoal que está à frente do
Ypiranga vem realizando um trabalho digno de registro para a recuperação do
Estádio Otávio Limeira Alves, que há pouco tempo apresentava um aspecto
desanimador. O estádio de Santa Cruz do Capibaribe já mudou a sua cara.
Comentários
Postar um comentário