SOS
TIMBU
Lenivaldo Aragão
Depois de levar às últimas consequências a disputa do
título de campeão pernambucano, que perdeu na decisão por pênaltis após
derrotar o campeão Sport, de virada (2x1), na Ilha do Retiro, o Náutico está a
pedir socorro aos deuses do futebol. Sua estreia no Brasileiro da Terceira
Divisão contra o ABC e o encontro com o Campinense pela Pré-Copa do Nordeste
2020 foram de dar pena.
O Campinense fez a festa (Foto CBF) |
No feriado do Dia do Trabalho, em Campina Grande, muitos
passes errados e pouca penetração. O belíssimo gol de Wallace Pernambucano,
abrindo a contagem num chute de fora da área, deu a impressão de que o Alvirrubro
iniciaria o duelo com o rubro-negro da Rainha da Borborema por uma vaga no
torneio regional do próximo ano, em vantagem.
Que nada! A Raposa reagiu no segundo tempo e enquadrou o
Timbu. Virou o placar para 2x1 e virá ao Recife precisando apenas empatar o
jogo de volta. Como dizia o saudoso narrador Adilson Couto, usando um jargão
bem carioca, é mole ou quer mais?
FUTEBOL
SURREAL
Só está faltando outro colega que já se foi, o polêmico
Edvaldo Morais para usar sua sentença crítica “coisas do futebol brasileiro”,
diante da situação inusitada que o Náutico está vivendo.
Daqui a uma semana, o time dos Aflitos irá a João Pessoa
enfrentar o Botafogo, novo campeão paraibano, perseguindo um lugar na final da
Copa do Nordeste de 2019.
Ou seja, depois de darem um salto no futuro – 2020 – Márcio
Goiano e sua turma estarão de volta ao passado. E tem mais, mesmo que seja
campeão do atual Nordestão, o Náutico só disputará o próximo se passar pelo
Campinense.
O
SANTA TAMBÉM
O Santa Cruz também levou sufoco esta semana diante de um
adversário paraibano. Recebeu o Treze, o arquirrival do Campinense, estava
perdendo por 2x0 e deu a cachorra para não sair derrotado na sua estreia na
Segundona nacional. O empate por 2x2, obtido no último minuto, não obstante o
jogo tenha sido realizado no Arruda, foi comemorado como uma vitória.
FELIPÃO
NO REI PELÉ
Depois de ter sido goleado pelo Ceará, em Fortaleza, por
4x0, o CSA obteve um empate, que pode ser chamado de honroso, na segunda rodada
do Campeonato Brasileiro: 1x1 com o poderoso Palmeiras, que vinha também de um
sonoro 4x0, mas a seu favor, aplicado no Fortaleza.
O CSA bloqueou o Palmeiras (Genival Paparazzi/Cortesia) |
O jogo no Rei Pelé, em Maceió, marcou o reencontro do
técnico palmeirense, Felipão, com o clube cuja camisa vestiu no tempo em que
exercia a função de zagueiro e aparecia na escalação do azulino alagoano, com o
prenome Luiz Felipe (Scolari).
THIAGO E DEBORAH
Neste
descompasso pelo qual está passando o futebol pernambucano, resta um consolo.
Depois da convocação do alvirrubro Thiago para a Seleção Brasileira sub-18, a
árbitra Deborah Cecília Cruz foi requisitada pela Conmebol, para atuar nos
XVIII Jogos Pan-Americanos, em Lima, Peru, entre 28 de julho e 10 de
agosto.
Diplomada
em 2010 pela Escola de Arbitragem Argemiro Félix de Sena, da FPF, a pernambucana
será a única árbitra brasileira em ação nos gramados peruanos. Bagagem ela tem,
adquirida no Campeonato Pernambucano das mais diferentes categorias, Copas do
Nordeste e Verde, Brasileiro das Séries B, C e D e Copa Sul-Americana Feminina,
na Argentina. No recente Estadual apitou seis partidas, incluindo um
Clássico dos Clássicos, entre Sport x Náutico.
BARRADÃO
E FONTE NOVA
O futebol brasileiro e suas excentricidades. Ao contrário
do Náutico, que travou uma batalha insana para largar a Arena de Pernambuco e
voltar para os Aflitos, o Vitória baiano está mexendo com os pauzinhos para
fazer o percurso inverso.
O Leão da Barra quer tirar seus jogos pela Segunda
Divisão, do estádio próprio, o popular Barradão, levando-os para a Fonte Nova,
do governo.
Demolido e reconstruído para a Copa do Mundo de 2014, o
antigo Estádio Octavio Mangabeira abriga o Bahia, o tradicional adversário do
Vitória.
A ideia é do polêmico Paulo Carneiro, que acaba de ser
eleito para voltar à presidência do clube. Estava afastado desde 2005, tendo
exercido o cargo de diretor remunerado do Bahia.
A MORTE DA BEZERRA
Todo mundo sabia que o zagueiro do Araçatuba, Marcos Timbó, tinha um dos chutes mais fortes da região. Quando ia cobrar um pênalti ou infração próxima à área, o goleiro ficava gritando, pedindo barreira, como forma de escapar do tirambaço de Marcos Timbó.
Porém, de certa feita foi de arrepiar. Na cobrança de uma
penalidade máxima, Timbó chutou com a costumeira violência, mas para a decepção
dele e da galera, o tiro saiu errado.
A bola foi pra fora, mas atingiu a pobrezinha de uma
bezerra que, inocentemente, comia uma graminha, por ali. Coitada, morreu na
hora...
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