Na estreia do novo técnico, o Timbu quebrou um ‘mito’


Uma espécie de complexo de inferioridade parecia invadir os Aflitos quando um time do Circuito Campina Grande/João Pessoa, leia-se Campinense, Treze e Botafogo/PB, aparecia à frente do Náutico.  

Nesta quarta-feira (15), depois de ter perdido, como visitante (2x1), o primeiro jogo contra o Campinense na disputa de uma vaga na Copa do Nordeste de 2020, o Náutico pisou seu solo ‘sagrado’, com a obrigação de vencer pela diferença mínima de dois gols. E o empate, vale lembrar, beneficiaria os visitantes.

O Alvirrubro vivia uma situação especial, com a estreia do técnico Gilmar dal Pozzo, que voltava a dirigir o time após a dispensa de Márcio Goiano.

As bilheterias dos Aflitos acusaram o comparecimento de 5.583 pagantes. Público razoável para o horário do jogo – 21h30 – e para o estado de desconfiança que pairava sobre o território alvirrubro.

Jogo muito disputado. As duas equipes perderam chances. O técnico anfitrião fora obrigado a mexer na formação do time. Para melhor. Até o criticado Camutanga sentiu-se mais confiante para ir à frente tentar o gol, o que, aliás, é uma característica sua.

Bola na rede e o Náutico festejando a classificação (Foto CBF)


E APARECEU ODILÁVIO

A verdade é que o Náutico soube se impor, não obstante o 0x0 com que foi encerrado o primeiro tempo, ter aumentado a preocupação do timbuzada. Até ali, os ventos sopravam para os lados do Planalto da Borborema.

O gol de Odilávio, já na segunda fase, foi um alívio. O dono da casa estava melhor e, ao mesmo tempo, voluntarioso.

Todavia, era preciso aquele algo mais que só a Shell dava, como dizia a propaganda.

RAFAEL OLIVEIRA COMPLETOU

A recompensa veio com o gol de Rafael Oliveira. O 2x0 colocou o Náutico no próximo Nordestão e até a possibilidade da decisão por pênaltis, outro trauma alvirrubro, estava eliminada, junto com a valorosa Raposa paraibana.

A sensação de debilidade foi mandada às favas. A equipe, sejamos sinceros, não está pronta. No entanto, ganhou um forte impulso para a batalha que trava no sentido de voltar à Série B do Campeonato Brasileiro. Um alvo apenas relativo para a grandeza de um time acostumado em figurar na Série A.

Sábado que vem (18), Camutanga e sua turma voltam a Campina Grande, agora com personalidade, para enfrentar o Treze, às 19h15.


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