A bola parou, não se sabe até quando!







O mundo vive um momento crucial, com a chegada do coronavírus e seu poder de destruição. Pegou o Brasil ainda se recuperando emocionalmente da tragédia de Brumadinho.

Trata-se de algo avassalador, com a fúria de um tsunami, só que ao contrário deste, espalha seus tentáculos pelas mais diferentes regiões do Planeta, em vez de ficar limitado a uma área.

No início parecia a tal “gripezinha.” Cheguei a lembrar a gripe asiática da minha juventude, em 1957/58.

Como todos os meus contemporâneos, atravessei-a galhardamente, vendo jogos e treinos, posto que estava me iniciando na carreira, indo ao cinema etc.

Mais recentemente, veio a suína – 2009/2010. O mundo tirou de letra. Nem na asiática nem na suína, cidades ficaram estagnadas e a vida seguiu normalmente até o danoso vírus ter sido extirpado.

Atualmente, com as corretíssimas providências tomadas de Norte a Sul do Brasil, visando a evitar aglomerações, o futebol foi diretamente atingido.

Não aconteceu somente na terra das palmeiras, onde o canta o sabiá, mas em todo o mundo. Os campeonatos nas mais diversas divisões, locais, regionais, nacionais e internacionais estão paralisados.

Os clubes e federações contabilizam os prejuízos, mas isso nada significa, num confronto com as perdas humanas.

A essa altura, fala-se na possibilidade do encerramento dos campeonatos estaduais, dando o título de campeão em que estiver na frente. Em Pernambuco seria o Santa Cruz.
É o que pretendem os clubes do Interior, que não podem manter suas equipes com o futebol parado.

Pelo Sport, o campeonato seria suspenso e depois se resolveria essa questão.

Em 1930, o Torre foi campeão dessa forma. O segundo turno ainda estava para ser disputado, quando irrompeu em São Paulo a Revolução de 30.

O campeonato foi dado por encerrado, com o Madeira Rubra, que o liderava, sendo considerado o campeão.

O primeiro campeonato, em 1915, foi interrompido após o primeiro turno para uma temporada do América-RJ no Recife.

Depois, como não havia mais tempo para o decurso normal do certame, o returno foi resumido numa disputa extra entre Flamengo (o campeão), Santa Cruz e Torre, que dividiam a liderança.

Algumas federações sugeriram à CBF alterações no Campeonato Brasileiro ainda deste ano, por conta do calendário.

Seria extinta a contagem por pontos corridos, criando-se grupos, como antigamente. Sem dúvida, um retrocesso.

Comenta-se que a Globo, que solta o dinheiro, pode tirar o corpo, prevendo dificuldades para vender o novo formato aos patrocinadores. Tudo isso ainda está em discussão. Nada é definitivo.

É bom lembrar que não é apenas o futebol que sofre com essa pandemia que tantas mortes está causando.

As demais modalidades esportivas, que são inúmeras, também estão sendo sensivelmente prejudicadas.


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