Por Amaury Veloso, ex-assessor de imprensa do Sport
Enquanto
o futebol está parado, temos que recordar momentos em nossas vidas, que
relembram fatos até engraçados e curiosos. Para os mais veteranos,
especialmente o torcedor do Sport, quem não lembra de Ely do Amparo, que foi
ídolo no Vasco da Gama e no Sport onde foi campeão? Depois retornou como treinador. Diziam até que
ele estava ficando meio mouco. No Sport se inventa tudo.
Ely, já
coroa, forte, alto impressionava. Um profissional especular e homem de caráter.
Saímos do
Recife para jogar no Ceará. Ely sempre foi bom de papo. E após jantar, almoço e
café da manhã, apareciam as resenhas.
Porém,
tiramos um momento para passear durante uma parte da noite nas ruas centrais da
capital alencarina. E curtindo os momentos de folga.
Ely, técnico do Sport, com o goleiro Valdir, em 1969 (Na boca do gol) |
Entramos
numa lanchonete Lembro como se fosse hoje. Solicitei uma cartola e ele apenas
um suco de laranja. Saímos do local e continuamos andando. De repente, chegamos
numa famosa praça da Terra de Iracema. Era a conhecida Praça do Ferreira. E
paramos, sentamos num dos bancos. O assunto é claro, o futebol. Ele me contando
detalhes de sua passagem pelo Vasco e a passagem como atleta do Sport.
Aos
poucos não demorou muito para eu sentir que estávamos num local impróprio. E
cercados por algumas pessoas. Até pensei que fossem torcedores que conheciam o
referido treinador. Nos enganamos. A Praça do Ferreira era conhecida, na época,
como a praça dos gays, na época, dos frangos. E Ely ficou furioso. "Vamos
sair daqui, se não vão pensar que pertencemos a este tipo.”
Ele levantou
e um deles disse: “Que homem cinco estrelas. Vai embora bem?” E mesmo calmo,
dizia o treinador. "Não gosto desta fruta.”
Quando
chegamos no hotel, um funcionário disse:" Nesta praça só tem bicha". E
caímos na risada.
Este
tempo nunca mais voltará em nossa vida.
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