(Foto: blog de Fernando Machado) |
O desporto pernambucano perdeu,
neste domingo (7), Gilberto Prado, o grande Betoca. Grande na altura, e na
conduta, através da vida. Entre as várias atividades que desenvolveu, foi
jornalista esportivo; goleiro – cheguei a cobrir jogo dele, pelo Estudantes do
Barro, no Campeonato Pernambucano; técnico de futsal, assessor de imprensa da
Prefeitura do Recife, na gestão de Gilberto Marques Paulo, depois da Câmara
Municipal etc.
O pai, Diógenes, foi um
exímio goleiro do Santa Cruz e do Sport. Como torcedor, o filho pendeu para os
lados do Arruda.
No futsal esteve à frente da
equipe do Náutico, eneacampeã pernambucana e campeã brasileira.
Nos últimos anos, essa
figura que está nos deixando de uma vez por todas, sofria imensamente com uma
diabete que o consumia aos poucos, embora não tirasse seu gosto pela vida e a satisfação
em ajudar quem o procurasse.
Vivi muitos episódios com
ele, um dos quais, em 1965, no amistoso em que Pernambuco venceu a Alemanha, na
Ilha do Retiro, por 1 x 0, gol do maranhense Gojoba, do Sport. Terminado o
jogo, eu pelo Diario de Pernambuco e Betoca
pelo Jornal do Commercio, entramos no
vestiário alemão, seguindo o intérprete.
Ao sermos apresentados ao técnico
Helmut Schon, fomos por ele enxotados na base do esporro, em alemão, é claro, e
tivemos que sair às pressas. Ele ria muito quando relembrava o fato. No ano
seguinte, ou seja, 1966, com os mesmos jogadores, Schon leva a Alemanha a sagrar-se
vice-campeã mundial, dando um sufoco na Inglaterra, levando o país organizador
e campeão a uma prorrogação, com direito a um gol protestado pelos
vice-campeões.
Helmut Schon (internet) |
Como era gostoso conversar com Betoca; em qualquer assunto, além do futebol. Tive esse prazer em tantos encontros semanais, desde os anos de 1960, nos bares o botecos do bairro de Campo Grande, junto a tantos incontáveis amigos, a exemplo de Nino, Lala, Dodó , Aldênis, Flávio,Tarcisio, Cal, Milton,Tancredo, e outros. Que o nosso Deus o receba na santa paz.
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