ALÔ, ALÔ, SAUDADE-Paulo Moraes

 O FUTEBOL, É DEZ, É OURO



 

  Na classificação moderna, bem que poderia ser a primeira maravilha do mundo. E diante da emoção de George Guilherme, ex-companheiro no esporte da TV Globo Nordeste, piscou a ideia destas letras. Qual o maior ídolo da história do futebol do Náutico? Foi Kuki? pergunta-me George. Alguém se lembra dos atacantes Bizu, e Nivaldo, do goleiro Mauri?

 Respondo rápido: sim e não. Nos últimos anos, Kuki foi o jogador que mais se identificou com os alvirrubros. Dividiu grandes (gols decisivos) com maus momentos (incidentes fora do jogo e, diz a lenda, a recusa de bater o segundo pênalti na Batalha dos Aflitos, contra o Grêmio, em 2005.   

 

Kuki, o ídolo alvirrubro mais recente

  E por que não? Porque não há um ídolo só, na história do futebol de um clube. Kuki é o ídolo de hoje, não há dúvida. Mas, para os mais velhos, com certeza, há outros.

   Baiano não foi ídolo nos anos 80? E Jorge Mendonça, na década de 70? 

Jorge Mendonça

E Bita (tenho saudade do Homem do Rifle, como jogador, artilheiro e amigo) nos anos 60, o período de ouro do Náutico? Na mesma época, tantos e tantos alvirrubros admiravam a bola cheia de Ivan Brondi, dos goleiros Lula Monstrinho e Waldemar, do volante Salomão, do lateral Gena, e de outros que vestiram a camisa vermelha e branca do sempre lembrado hexacampeão estadual.

 

Bita: diálogo com o Rei Pelé

Foram ídolos nos anos 50, Ivanildo Souto da Cunha, o trio final formado pelo goleiro Manoelzinho e pelos defensores Caiçara e Lula. Ídolo maior dessa última turma foi o goleador Ivson. Ele foi tão amado que você ao cruzar com pessoas chamadas Ivson, desconfie de que 95% na pia do batismo, receberam o nome em homenagem ao atacante da camisa nove. E os irmãos Carvalheira foram ídolos nos anos 30? E Tará na década de 40? Claro, claro que foram.

 

O Náutico do primeiro tricampeonato em 1950, 51 e 52. Em pé, Caiçara, Manoelzinho, Lula, Gilberto, Irani e Jaminho; Hélio Mota, Ivanildo, Ivson, Marcos e Wilton


A resposta final: cada época tem seus jogadores idolatrados. E atenção: não confundir o maior ídolo com o maior jogador. Essa é uma outra história. E na história de jogadores consagrados como legítimos representantes de várias gerações, peços-lhe licença para escrever nomes inesquecíveis do Santa Cruz.

Zezé, Artur e Fernando, os irmãos Carvalheira, com Estácio e João Manuel, na conquista do  título de 1934, o primeiro do Náutico (Foto: blogspot.com).
 

Não vamos esquecer também da turma rubro-negra. E as belas figuras do campo, do América, do Central, do Ferroviário e do Íbis. Um grande abraço!

 

Comentários

Postar um comentário