Quando o repórter entrevistava quem queria, sem o clube escalar
Paulo entrevistando o árbitro carioca Luiz Carlos Félix. Á direita, o paraibano José Araújo |
Demoramos, mas estamos com uma coluna nova. E
claro, claro com muita saudade de quem nos lê. E com saudade da minha época de
repórter de rádio, jornal e TV.Com saudade das entrevistas de antigamente.
Brigávamos, no bom sentido, por furos de reportagem. Hoje, quase não há mais os furos. Hoje, são os assessores de imprensa que decidem quais as pessoas a serem ouvidas. Quando íamos para a cobertura diária dos clubes, ficávamos atentos para escolher os personagens a serem ouvidos.
Recordo que nas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1975, estávamos juntos, os profissionais daqui e de fora, colhendo depoimentos de jogadores e do técnico, à vontade. Cada um tinha questionário próprio. Na concentração do Ninho das Cobras, em Aldeia, estamos juntos ao mesmo tempo, separados, eu pelo jornal O Estado de São Paulo e Flávio Adauto pela Folha de S.Paulo, na cobertura do Santa Cruz, que enfrentaria no dia seguinte, um domingo, o Cruzeiro. Cada um, com entrevistado diferente.
Givanildo Oliveira - era só Givanildo - com a faixa
de campeão para a edição da segunda-feira do extinto Diário da Noite. A foto, de página inteira, foi parar no Jornal do Commercio, da mesma empresa.
Isso porque o editor de esportes do matutino viu a foto no laboratório dos dois
jornais e decidiu publicá-la no JC,
na sexta-feira, dois dias antes do jogo. O Santa jogava, pelo empate,
contra o Náutico, que venceu a partida e a seguinte, para que o Tricolor que
tinha vantagem, só levantasse o título no terceiro confronto. Hoje, seria
impossível, a antecipação da foto, porque a assessoria de imprensa, não
permitiria. Recordei essa história, para mostrar como tínhamos liberdade.
Está foto, em 1979, saiu antes da hora. E deu muita confusão
Nós, os repórteres volantes de rádio, fazíamos
as entrevistas com os jogadores, no campo, antes e depois dos jogos. Hoje é
quase impossível isso ocorrer. Saudade, saudade dos velhos tempos.
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