O Guará do Agreste encontrará um campeonato diferente (Thomas Davelly/Divulgação)
Clube de tradição, fundado
em 7/9/1950, tendo, portanto, 72 anos de atividades, o alviverde da chamada Suíça
Pernambucana, já participou do Estadual em outras oportunidades, nas duas
divisões, tendo sido campeão da A2 em 1992.
É uma pena que o Campeonato
Pernambucano já não tenha o fulgor de outrora, quando os jogos dos grandes no
Interior faziam a cidade anfitriã viver dias de festa. Agora, o torcedor
interiorano nem sempre pode contar com a visita de Náutico, Santa Cruz e Sport,
o tripé que por aqui se convencionou chamar de Trio de Ferro, como os
paranaenses tratavam em décadas já longínquas, a tríade formada por Athletico,
Coritiba e o extinto Colorado.
Numa entrevista concedida há
pouco tempo ao Diário de Pernambuco,
o presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou que só dispunha de oito datas
para realizar o certame de 2021. A queixa é extensiva a outros Estados, uma vez
que se trata de uma injunção da CBF para poder adaptar o futebol nacional ao
calendário Fifa.
Sinceramente, um campeonato
com oito rodadas não passa de um torneio, desestimulando os clubes e dando asas
aos que defendem a cada ano a extinção dos Estaduais.
Faz até lembrar a ingenuidade
do célebre Garrincha, na Suécia, em 1958, ao descobrir que a Copa do Mundo não
tinha returno, e que um país enfrentava o outro apenas uma vez.
No caso do Sete e do Vera
Cruz, que batalharam intensamente para voltar à divisão principal, prevendo
dias melhores, o acesso tem seu lado benéfico porque os coloca em evidência,
porém traz um quê de frustração ao se fazer a comparação com os campeonatos de outros
tempos.
Atualmente, os certames estaduais
caminham tropegamente, mas num país de dimensões continentais, como o nosso, têm
a sua importância no tocante à preservação dos valores regionais, apesar dos
percalços.
Por outro lado, a possibilidade de participação em alguma das
divisões do Campeonato Brasileiro cria outra motivação.
Republicado no meu blog
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