Marinho, classe e irreverência (Tardes do Pacaembu) |
A história que segue foi
contada por Hugo Benjamin, ex-zagueiro,
preparador físico e treinador, “testemunha ocular da história”, parodiando o
Repórter Esso.
Gradim era o técnico do
Náutico em 1972. Época de Marinho, lateral esquerdo, que mais tarde seria
batizado de A Bruxa. Bom de bola e nem tanto do juízo, depois brilharia no
Sudeste – Botafogo e São Paulo – tendo tendo chegado à Seleção Brasileira.
Marinho participava de um
treino de conjunto, ou coletivo, nos Aflitos, quando ouviu o treinador gritar, em
certo momento em que tinha a bola sob seu domínio:
– Cai pela esquerda!
O caminho do craque, oriundo
do ABC de Natal – seu primeiro clube foi o Riachuelo, da Marinha – era mesmo o
lado esquerdo, não precisava nem gritar. O problema é que o galego insistia em
entrar pelo meio, numa época em que o jogador praticamente ficava limitado ao
seu setor.
Quem conhecia Marinho sabia mais
ou menos onde aquilo iria dar. No segundo pedido de Gradim, Marinho deixou a
bola de lado e jogou-se literalmente no chão.
O técnico encerrou o treino
e pediu um copo d’água ao massagista.
Enquanto isso, os jogadores
faziam um grande esforço para não sorrir da palhaçada.
Republicado no meu Blog
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