ALVIRRUBROS EM NOVO TEMPO

 Lenivaldo Aragão

 

 

 

O artilheiro do campeonato, Kieza, abraçado por Kuki, justificou sua volta (Reprodução internet)

 


Sem louvaminhas, é hora de enaltecer o trabalho da atual diretoria do Náutico, comandada por Edno Melo. Pode-se até discordar de uma ou outra atitude, mas no geral os novos dirigentes alvirrubros estão agindo corretamente na missão de soerguer o agora campeão pernambucano de 2021. É verdade que algumas arestas foram criadas, porém, as coisas nos Aflitos passaram a acontecer favoravelmente, a começar pela volta do Timbu à sua toca, de onde nunca deveria ter saído.

Num curto espaço de tempo, o Alvirrubro, que havia sido campeão pela última vez em 2004, levantou o troféu estadual duas vezes nos novos tempos, em 2018 e agora em 2021, além de ter conquistado a Série C do Brasileirão, em 2019. O recente feito, consolidado domingo passado (23 de maio) vinha pintando a partir da primeira fase do campeonato. Título obtido diante do Sport, historicamente, o maior rival da timbuzada.

As dificuldades financeiras, principalmente com a ausência, em 2021, da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil, levaram o clube da Av. Conselheiro Rosa e Silva a agir com moderação nas contratações.

O Náutico tem evitado dar o pulo maior do que as pernas, para que possa segurar sua política de equilíbrio econômico, mantendo-se em condições de  cumprir o propósito de evitar os atrasos salariais, uma constante em tempos ainda recentes. A crise gerada pela pandemia da Covid-19 e os restos a pagar de dívidas trabalhistas não criadas por eles, têm dificultado mais ainda a tarefa dos diretores alvirrubros, que, mesmo assim vêm se sobrepondo aos obstáculos.

A permanência na Série B do Campeonato Brasileiro, uma tarefa cumprida no certame passado pelo técnico Hélio dos Anjos, o mesmo que comandou os companheiros do artilheiro Kieza à conquista do título estadual de 2021, foi mais um êxito timbu. A próxima tarefa após estar assegurada a volta às Copas do Nordeste e do Brasil é batalhar pelo retorno à primeira divisão nacional. O caminho é espinhoso, uma vez que na mesma rota dos alvirrubros encontram-se concorrentes de peso, bastando citar Vasco da Gama, Botafogo e Cruzeiro, um trio que faz parte do grupo dos 12 do quadrilátero Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mesmo navegando em águas turvas, os três times têm a obrigação de subir para a Série A, segundo a interpretação de sua respectiva torcida, o que aumenta a responsabilidade do trio.

Da sua parte, o representante pernambucano deve procurar seguir sua vereda, menos preocupado com os outros e buscando seu objetivo.

A estreia será na próxima sexta-feira (28) contra o CSA, o campeão alagoano de 2021, às 21h30, nos Aflitos.

CAMPEÕES SURPREENDENTES

O fim de semana teve várias decisões, e alguns campeões pintaram como verdadeiras zebras. Foram eles, Atlético de Alagoinhas, na Bahia; Grêmio Anápolis, em Goiás; Grêmio Noroeste, Espírito Santos. Outros laureados: ALAGOAS (CSA), AMAZONAS (Manaus), CEARÁ (Fortaleza), MARANHÃO (Sampaio Corrêa), MATO GROSSO (Cuiabá), MINAS GERAIS (Atlético), PARÁ (Paysandu), PIAUÍ (Altos), RIO DE JANEIRO (Flamengo), RIO GRANDE DO SUL (Grêmio), SÃO PAULO (São Paulo, depois de 15 anos de jejum), SERGIPE (Sergipe).

 

 

 

 

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