O TRICOLOR SYLVIO BELÉM


 






“Minha família era toda do Sport, meu pai era torcedor e sócio do Sport. Eu tinha um tio, irmão de meu pai, chamado Antonio Belém – ele era do interior e morava numa pensão no Recife – que todo domingo almoçava na casa de meu pai e me levou, aos cinco anos de idade, para assistir a um jogo do Santa Cruz. Uma vez, eu lembro, no campo do Sport era só uma arquibancada no meio e uma cerquinha. As pessoas ficavam vendo o jogo em pé e, de repente, as pessoas iam entrando para ver o jogo de dentro do campo. Aí a cavalaria vinha correndo para tirar essas pessoas. E o Santa Cruz venceu de 3x2. Dois gols de Siduca. Esse meu tio foi o responsável por me fazer torcedor do Santa Cruz e me livrar da sina de ser rubro-negro”.

O trecho acima, do ex-dirigente do Santinha, faz parte do livro “meu caro amigo Sylvio Belém, um coração tricolor”, escrito por Wladimir Peregrino de Morais.

Trata-se de uma biografia do advogado de múltiplas atividades antes e depois de se formar, que participou da fase áurea da Sudene e tinha muitas histórias para contar, as quais os amigos não queriam que ficassem no anonimato. Na realidade, o cidadão pacato e gentil que é retratado em 132 páginas, participou de muitas lutas no campo desportivo, político e profissional, sem esquecer o lado boêmio, continuando a desfrutar da fidelidade de um punhado de parceiros na sua caminhada pelo mundo e do acentuado carinho dos familiares.

O tio a que Sylvio se refere, Antonio Belém, foi durante muito tempo secretário da diretoria do Santinha e mais tarde diretor do quadro de árbitros da FPF.

 

Comentários