Turbilhão Centro-Sul varreu futebol feminino pernambucano

 

O campeão Náutico não conseguiu segurar a artilheira Nadine (Foto: Divulgação)


O futebol feminino de Pernambuco já foi destaque nacional, principalmente quando o Vitória estava sempre chegando às decisões. Logo, o Sport seguiu seus passos.

A goleira Bárbara, titular da Seleção Brasileira Feminina, surgiu naquele período de apogeu, defendendo o Leão, egressa do futsal. Não demorou muito para, como diz o ditado, ir navegar em outras águas, perseguindo seu futuro. Mesmo assim, o caldeirão continuou fervendo por aqui.

Porém, os tempos mudaram, com a obrigatoriedade de os clubes que disputam o Brasileiro Masculino, pelo menos nas séries A e B, participarem do certame nacional feminino. Assim, os grandes do Centro-Sul, que jamais ligaram para a categoria, entraram na roda para valer, formando equipes profissionais fortes, deixando a concorrência pobre a ver navios. E a levar goleadas.

Em Pernambuco, por mais que a FPF procure estimular o setor, a resposta é pífia. Vem aí o Campeonato Pernambucano 2021, a começar no dia 19 de setembro, com apenas cinco participantes: Náutico, atual campeão; Sport, vice-campeão; Ferroviário do Cabo, Íbis e Sete de Setembro. Este, pelo menos, representa o interior do Estado. Em 2020 havia apenas quatro times.

Nem o Tricolor das Tabocas, que já viveu seu eldorado, formando um elenco nacional, trazendo até jogadoras de fora do Brasil, tem mais interesse.

A goleira Bárbara, da Seleção, surgiu no apogeu do Sport (Foto: CBF)

Estamos torcendo pelo sucesso da equipe amarelinha, na Olimpíada do Japão. Nela, além de Bárbara, do Avaí Kindermann-SC, está outra pernambucana, a atacante Duda, do São Paulo. Talvez os clubes sintam-se animados ou surjam outros interessados, como o novato Retrô, que muito promete no futebol masculino.

Duda, do São Paulo, é outra pernambucana na Olimpíada de Tóquio (Foto: CBF) 


Vale salientar que, apesar das dificuldades, têm surgido boas jogadoras, logo atraídas pelos bons salários de outras plagas, como aconteceu com Nadine, campeã pelo Náutico e artilheira do Campeonato Pernambucano de 2020, com 15 gols.  

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