A nau alvirrubra entre os cabos da Boa Esperança e das Tormentas

 



 Uma tragédia não anunciada, mas jamais surpreendente. O Náutico vai atingir a metade do Campeonato Brasileiro da Série B lutando para voltar ao G 4, depois de dominar a situação parecia que, indefinidamente. A verdade atual é outra. Como se fosse uma caravela ou uma nau desgarrada nas antigas expedições lusitanas em busca de ouro, comércio e escravos, no litoral africano, o Timbu vislumbra à sua frente o Cabo das Tormentas, em vez do Cabo da Boa Esperança. Na verdade, as duas denominações eram dadas ao mesmo acidente geográfico, dependendo das circunstâncias.

O time dos Aflitos já não faz o papel de nau capitânea na frota da Série B, alijado que foi do pelotão da frente. Hoje, após sofrer a quarta derrota seguida, estando a cinco jogos sem vencer (1x1 Brusque (em casa), 1x3 Coritiba (fora), 0x4 Confiança (C), 0x2 Sampaio Corrêa (F) e 0x2 Avaí (F), neste sábado (14/8), o antes decantado líder invicto, cuja última vitória, 2x1 em cima do Bragantino, nos Aflitos, ocorreu em 21/7, na 13ª rodada, se não vive uma situação desesperadora, passa, no mínimo, por um momento vexatório após ter sido tão ‘incensado’ Brasil afora.

Contra o Avaí, talvez o time catarinense não tenha merecido vencer. Saliente-se, que o Alvirrubro teve expulso aos 8 minutos do segundo tempo Bryan, um dos seus jogadores mais importantes, mesmo que não estivesse bem no jogo. Seguiu-se imediatamente a abertura da contagem. Gol contra, assinalado por Yago. Mas, a equipe pernambucana também não fez por onde reiniciar a rota das vitórias.

 

Contra o Avaí, quarta derrota consecutiva do Timbu (Foto: R.Pierre/AGIF)

FURACÃO BRANDO

O Náutico iniciou o campeonato como um furacão, derrubando tudo o que aparecia no seu caminho. A cada jogo, sua torcida, em casa, já podia começar a festejar antes de a bola rolar. O tempo, porém, mostrou que aquele time que esbanjava energia e bom entendimento a cada partida, não contava com um banco à altura. Começaram a surgir os problemas naturais causados por desgaste físico, lesões e suspensões. Na hora em que perdeu vários titulares a um só tempo, Hélio dos Anjos teve que se virar com algumas peças de reposição pouco produtivas.

Como no antigo samba “É com esse que eu vou”, o treinador alvirrubro tem que se virar com o elenco que aí está.  Mas o time reúne potencial para superar a má fase em que se encontra.

No momento, o jogo de empurra na primeira página da tabela de classificação da Série B, faltando os jogos Vitória x CRB e Botafogo x Brasil, a serem disputados neste domingo (15), está assim:

1º) Coritiba, 33

2º) CRB, 31

3º) Goiás, 31

4º) Sampaio Corrêa, 30

5º) Avaí, 30

6º) Náutico, 30

7º) Guarani, 29

8º) Vasco, 28

9º) Operário, 27

10º) Botafogo, 25.

O Náutico volta a campo na próxima terça-feira, 17. O Timbu reaparece nos Aflitos, recebendo o Cruzeiro, às 19h. O jogo seguinte será em Maceió contra o CSA.

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