ALÔ, ALÔ, SAUDADE!-Paulo Moraes

Nos Aflitos, cobri a estreia de Rivelino pelo Corinthians

Rivelino, o Garoto do Parque (Reprodução internet)


 

   Na sua visão, a etapa final da minha história amorosa com o mundo da bola, com o rádio e as letras. Vamos, então, ao capítulo derradeiro da escrita aberta muitos dias atrás.

Já havia iniciado a amizade com o microfone da velha e querida PRA-8, como relatei no capítulo anterior. Mas o namoro seguia em janeiro de 1965. Na tarde do dia 13 daquele mês, um domingo, trabalhei num jogo Santa Cruz e Corinthians, no estádio dos Aflitos, pelo Torneio Pentagonal do Recife. A competição contou com os dois clubes e mais São Paulo, Náutico e Sport. O Corinthians foi o campeão do torneio. No jogo, eu no microfone e Rivelino no campo. Foi a primeira partida de Riva, como profissional. O Corinthians tinha no time, astros como o goleiro Cabeção, o lateral esquerdo Oreco, reserva de Nilton Santos na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, o volante Dino Sani, também da Seleção naquele histórico ano, e o centroavante Flávio Minuano. E venceu o confronto por três a zero. No tricolor pernambucano jogava o quarto zagueiro Minuca, em início de carreira e que brilharia na Academia do Palmeiras. Os gols foram de Bazani, Flávio e Rivelino que se tornaria na “patada atômica” no tri mundial, no México.



   Tarde inesquecível para Rivelino, tenho quase certeza, certeza que é pra mim. Afinal, estava dando meus primeiros passos com o microfone famoso da Rádio Clube, pela segunda vez. Daí em diante fomos amigos leais, eu e o microfone. Depois me juntaria aos prefixos das rádios Olinda e Jornal. Do rádio fui para o Jornal do Commercio , sucursal do Estadão e por aí afora. Tirei férias de Lenivaldo na revista Placar, fui correspondente do Jornal da Tarde, antes de ir para o irmão bem mais velho dele, o Estadão , no Robertão de 1969 e 1970. O Robertão foi o precursor do hoje Campeonato Brasileiro.
   Fui também correspondente, por cinco anos, da empresa jornalística Caldas Júnior, do Rio Grande do Sul, dona dos jornais Correio do Povo, Folha da Manhã e Folha da Tarde, de Porto Alegre. Apareci com reportagens nas revistas O Cruzeiro,  Isto É e Manchete Esportiva. Ao mesmo tempo em que funcionava no Estadão, exercia a profissão no Diário da Noite, no Jornal da Cidade, no Tabloide e na Revista do Campeão. Do Estadão , onde vendi meu trabalho por onze anos , me mudei para a TV Globo NE no dia 1º de abril de 1982. Nela estive por 35 anos e seis meses.
Hoje estou aposentado. E, em casa, escrevo estas linhas sobre os tempos saudosos, para o Blog de Lenivaldo.
   Minha vida jornalística narrei em palavras escritas neste recanto chamado de “Alô, Alô, Saudade!” Continuarei mostrando fatos do futebol e do esporte do passado.
   Obrigado amigos e amigas, pela atenção que tem sido dada.

Jota, André e Tiago: Globo Nordeste na Copa do Japão (Foto cedida por Tiago Medeiros)


   Agora , gostaria de encerrar esta edição da coluna , com um fato do presente. É pra um alô a Tiago Medeiros, André Gallindo e ao cinegrafista Jota Júnior, pela excelente performance em Tóquio. O trio pernambucano, composto pelos recifenses Tiago e André e pelo caruaruense Jota Júnior, foi medalhista nas reportagens da Globo.

Rembrant Junior


  No Rio, na retaguarda, brilharam Rembrant Júnior, Lula Moraes e Terni Castro.  Aos seis, parabéns. E que novas temporadas de sucesso, cheguem em breve.
   Amém! 

 


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