ALÔ, ALÔ, SAUDADE! – Coluna de Paulo Moraes

  O eclético Faustão



Recebo do amigo e apresentador do Globo Esporte/PE ,Tiago Medeiros, uma foto na qual Fausto Silva, entrevistava o Rei Pelé. Ele queria mostrar essa relíquia de flagrante do consagrado ex-apresentador de tantos e tantos anos dos domingos da Rede Globo. Decidi então, recordar os anos da época de ouro do repórter do rádio paulista. É, amigos e amigas, ele antes ocupou o microfone das transmissões esportivas da sempre progressista cidade do Sul, como nós chamávamos São Paulo. Pois é, passou da Bahia, todo o Sudeste era também Sul, inclusive a Paulicéia.
   A foto com o entrevistador de futebol, acredito que seja dos anos 70. Não sei se como repórter da Jovem Pan ou da Rádio Globo paulista. Ele era integrante da equipe do Pai da Matéria e Ripa na Chulipa, Osmar Santos. O brilhante narrador comandou o esporte nas duas emissoras e mais a Record, egresso que foi da cidade interiorana de Marília-SP. Passou também pela TV Globo e pela antiga Manchete. Era bom demais ouvir o cara que revolucionou o rádio esportivo paulista e brasileiro. Mas a história que quero contar se refere ao hoje Faustão.
   Fausto Silva nasceu no interior paulista, na cidade de Porto Ferreira, e antes da Jovem Pan, que nos primeiros anos de fundação era chamada de Panamericana, trabalhou no rádio de Campinas, onde deu os primeiros passos na profissão aos 15 anos de idade. O conheci nos anos 70 quando trabalhava na sucursal Recife do jornal O Estado de S. Paulo. Ele era além da Pan, repórter do Estadão. E vinha muito aqui fazer a cobertura dos times paulistas quando jogavam pras bandas de cá. Conversávamos muito nas suas vindas e o assunto era futebol, rádio e jornal, naturalmente. Nesse período tive contato com Reginaldo Leme, que foi repórter e comentarista de automobilismo da Globo. Reginaldo, antes, foi da área do futebol no Estadão, transferindo- se depois para a editoria dos motores. Para as páginas da bola era o setorista do Palmeiras.


   Faustão já era bem humorado e espirituoso com o microfone do rádio.E dessa forma, o caminho dele foi o entretenimento na TV, inicialmente com o “Perdidos na Noite”, na Record. Passou pela Bandeirantes antes de aportar na Globo. Fez parte do programa “Balancê”, da Rádio Globo, apresentado no começo da tarde por Osmar Santos e o saudoso Juarez Soares. Foi de Faustão a indicação de Roberto Queiroz a Osmar Santos para ir trabalhar na Pan. Convite feito e recusado. Roberto, na época, ao que me parece, era da Rádio Olinda. E não teve interesse em trocar o Recife por São Paulo.

   Certa vez, na Globo Rio, Faustão me reconheceu e foi logo perguntando por Givanildo, o jogador e hoje técnico. Continuou simples e simpático Faustão. Pois é, o Fausto Silva era bom no rádio e no jornal. E é na TV. Assim foi minha história com Fausto Silva, o preferido por Osmar Santos. Tiago Medeiros segue os passos dele e logo vai se transformar em Tiagão. Espere pra ver.
   Um grande abraço a todos. E até o próximo encontro das minhas humildes letras com você. Como diz Padre Arlindo, da paróquia da praia de Tamandaré, bom dia, boa tarde, boa noite. Oxente!
Inté mais! 

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