POR FERNANDO AZEVEDO
MAIS UMA DE JAIME DA GALINHA
TODO O MUNDO ESPORTIVO, CONHECEU JAIME DA GALINHA. NUNCA SE SOUBE A VERDADEIRA HISTÓRIA DESSE APELIDO. SEU BERÇO FOI O NÁUTICO, MAS TRABALHOU NO SPORT, NO SANTA CRUZ, NA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL E ELE E RUBEM MOREIRA ERAM UNHA E CARNE. ADORAVAM-SE. MINHA VIDA ESPORTIVA INICIADA EM 1952 NA OLIMPÍADA INFANTIL PROMOVIDA PELO NÁUTICO, QUANDO DISPUTEI BASQUETE E CICLISMO, E DIRIGIDA E CRIADA POR ELE, FOI O INÍCIO DE UMA DAS MAIORES AMIZADES QUE TIVE. NÃO SAÍ DE JUNTO DO SEU LEITO, NOS SEUS ÚLTIMOS MOMENTOS E NÃO ERA UMA CENA TRISTE, POIS ELE BRINCAVA COM A MORTE. UMA DAS SUAS HISTÓRIAS, É SUA PASSAGEM PELO RIO DE JANEIRO, FAZENDO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. FEZ PARTE DA ORGANIZAÇÃO DOS JOGOS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS, COMO COORDENADOR DA EQUIPE DO RIO. A DISPUTA COM SÃO PAULO ERA FERRENHA. A DECISÃO DEFINITIVA SERIA NO SALTO DE PLATAFORMA, E NESSA O RIO FATALMENTE PERDERIA, POIS SÓ TRES ATLETAS ERAM APTOS A ESSA MODALIDADE E ERAM NECESSÁRIOS QUATRO. NÃO MAIS QUE DE REPENTE, SURGE O ESPECIALISTA, QUE COM SUA MODÉSTIA, EXPLICOU QUE TINHA EXPERIÊNCIA ATÉ INTERNACIONAL. BASTARIA UM SALTO SIMPLES, UM MERGULHO, PARA O RIO SER CAMPEÃO. HANS PROCHONOVITZ ERA SEU NOME. JUDEU. APRESENTA À COMISSÃO O SEU SALTO: UM DUPLO CARPADO DE COSTAS, CO MEIO PARAFUSO E PONTA-PÉ NA LUA. JAIME DA GALINHA COM UM MEGAFONE, ERA QUEM ANUNCIAVA O NOME DOS ATLETAS, O ESTADO E O TIPO DE SALTO. E COM A GRAÇA QUE TINHA EM TUDO QUE FAZIA, EMPUNHA UM FICTÍCIO MEGAFONE E ANUNCIA. ULTIMO SALTO: EQUIPE DO RIO DE JANEIRO, HANS PROCHONOVITZ, COM UM DUPLO CARPADO DE COSTAS, COM MEIO PARAFUSO E PONTA-PÉ NA LUA.
UMA AMBULÂNCIA ERA CHAMADA COM MÁXIMA
URGÊNCIA, PARA ATENDER HANS, DESACORDADO, ENSANGUENTADO, PELA QUEDA DE 10
METROS DE ALTURA.
SÃO PAULO FESTEJOU.
Meu caro Pixoto, conforme o filho de Jaime me contou, num jogo de basquete Náutico x Sport, nos Aflitos, Jaime jogava pelo Timbu, mas estava suspenso,, misturado com a torcida. Em dado momento chegou um alvirrubro com uma galinha preta, amarrada com uma fita vermelha. Seria uma "coisa feita" para segurar o Sport. Era para jogá-la no meio da quadra, mas o torcedor não teve coragem. Missão dada a Jaime, que a cumpriu. Imagine o bafafá. A pobre ave assustada, correndo de um lado para o outro e assustando jogadores dos dois times. Os comentários sobre o episódio duraram muito tempo, Como havia outros dois Jaimes em circulação no clube, quando alguém se referia ao nosso Jaime, enfatizava: Jaime, aquele da galinha. E assim ficou, segundo seu filho-LENIVALDO
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