ALÔ, ALÔ, SAUDADE! – Coluna de PAULO MORAES

TRICOLOR DE CORPO E ALMA!


Santa, supercampeão de 1957. Em pé, Sidney, Diogo, Aníbal, Aldemar, Edinho e Zequinha; agachados, Lanzoninho, Rudimar, Mituca, Faustino e Jorginho. O mascote é o mais tarde advogado Irapuan Emerenciano 


Era pra falar, agora, dos tempos em que conheci os estádios dos Aflitos, da Ilha e do Arruda. Mas deixo essa história para o próximo capítulo. O motivo? O coração. Pois é, as letras atuais são dedicadas ao meu Santa Cruz, aos 108 anos do meu tricolor. As linhas escritas com tintas preta, branca e vermelha foram traçadas no novo três de fevereiro, logo depois de acordar dos sonhos de um amor nascido para ser eterno, num dia qualquer de 1957. E nada melhor que recordar trechos da letra da música Samba do Centenário (História de um Supercampeão) , do compositor e saudoso amigo Bráulio de Castro, feita em 2014 , quando o nosso clube comemorou 100 anos:

"Em 3 de fevereiro de catorze
O céu do Recife se enfeitou
Uma nova estrela
Brilhou naquele dia
Nascia meu tricolor..."
...Meu Santa , meu Santa Cruz
Que tanto nos encanta e seduz...
Meu Santa de Pantera, de Anísio Campelo, de Ivanildo da Buzina, Bacalhau de Garanhuns, de Humberto que assistia ao jogo enrolado na bandeira, de Nicanor da Barraca, na Iputinga, de Babo, no Engenho do Meio, do meu amigo Simão, lá na UR-5, de Tião Barbeiro, em Casa Forte, e do grande baluarte Waldomiro Silva.
Salve meu povão.
  E eu, considero-me povão. Afinal, sou Santa Cruz de corpo e alma, desde um dia qualquer daquele saudoso ano de manhãs, tardes e noites da querida Caruaru, outra das minhas paixões. O gosto pelo tricolor do Arruda aumentou com a conquista do supercampeonato. O vitorioso título e eles, Aníbal, Diogo, Sidney, Zequinha, Aldemar, Edinho, Lanzoninho, Faustino, Rudimar, Mituca e Jorginho, os heróis em campo, da valiosa conquista, nunca, dali em diante, saíram da minha memória. Foram vitórias e mais vitórias para alegrar meus minutos diários, e de multidões de corais, já na época, pelo mundo afora.
    Disse uma vez o grande compositor Capiba: "Santa Cruz, Santa Cruz, junta mais essa vitória... Santa Cruz, Santa Cruz, ao teu passado de glórias..."
    E vieram dias e mais dias de glórias. Chegarão outras e outras. Como aquelas das conquistas de 1959, 1969 e dos anos que tão bem conhecemos.
   Logo cedinho , enviei meu bom dia a um grupo de tricolores, como faço todas as manhãs, dessa vez assim:
   A bandeira se agita, tremula, tremula, E...
"Em três de fevereiro de catorze
O céu do Recife se enfeitou
Uma nova estrela
Brilhou naquele dia
Nascia meu tricolor"...
(Conta , na primeira estrofe , uma letra do saudoso compositor e amigo Bráulio de Castro).
   Pois é, Santa Cruz, 03 de fevereiro, 108 anos de pobreza, de riqueza, de sofrimento, de alegria... De sonhos, de choro, de risos...
   E que tal, recordar uma música dos tempos atuais? Nem sei quem fez ...
“Santa, meu eterno amor,
nunca negarei que sou tricolor,
sempre vou te amar,
nunca vou te abandonar.
Santa Cruz, minha paixão,
eu darei por ti,
a nossa tradição.
Sempre vou te amar,
nunca vou te abandonar,
pá, pá, pá, pá....”

 É, eu sou Santa Cruz de corpo e alma.
Parabéns, meu tricolor, o eterno campeão de multidões.
   Amigos, amigas. Volto aos estádios na próxima edição. Nessa de agora não havia como deixar de enaltecer meu clube das Multidões. Até! 

 

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