Torcedores corintianos sendo agredidos na Ilha (Foto: reprodução) |
A impressão que deve estar causando Brasil afora a covarde agressão de desordeiros fazendo-se passar por torcedores do Sport, a alguns adeptos do Corinthians, em plena Ilha do Retiro, é a pior possível. Tratava-se de um jogo oficial promovido pela Confederação Brasileira de Futebol, válida pela Copa do Brasil Sub-17 e não de uma simples pelada entre colegiais ou amigos da rua. Além disso, uma partida reunindo menores de idade, segundo as leis do País.
O Leão tinha vencido o Timão na
ida, em São Paulo, nos pênaltis, e estava ganhando em seus domínios por 1 x 0,
resultado que foi mantido e classificou a garotada rubro-negra para a próxima
etapa da competição.
Eis que de repente, por volta
dos 40 minutos do segundo tempo, uma horda de delinquentes invadiu o espaço
reservado à pequena torcida visitante, passando a agredi-la e a roubar algumas
camisas que os “inimigos” vestiam, possivelmente para exibir como troféus. A
televisão vem exibindo cenas inadmissíveis e deprimentes que demostram o quanto
temos regredido em matéria de bons costumes e desportividade.
Não fossem as imagens do
estádio leonino, os menos informados poderiam pensar num encontro de peladeiros
em qualquer ponta de rua, jamais de duas
equipes centenárias e tradicionais do futebol nacional.
O Sport, o clube mandante, pecou
pela desídia de não tomar as providências necessárias no que se refere à
segurança, mesmo sabendo da violência com que agem as chamadas torcidas organizadas,
inclusive a do Corinthians, quando está no seu pedaço. O recinto onde se
encontravam os torcedores visitantes estava com a entrada escancarada, e a
falta de policiamento no estádio, segundo um deles, foi comunicada ao delegado
do jogo.
Acontece que a PMPE para dar
cobertura a qualquer evento precisa ser acionada com antecedência, o que não
aconteceu. Apareceram no local alguns seguranças particulares que prestam
serviço ao Sport, mas quando Inês já estava morta. Sem dúvida, uma negligência
inconcebível.
Em tempos idos, os jogos do
Campeonato Juvenil eram realizados nos domingos pela manhã. Não havia o atual
estado de beligerância entre torcedores, mas sempre existia policiamento, como
medida preventiva. Era no tempo do cabo Marcha Lenta, da Rádio Patrulha, que também fazia vigilância no Cinema São Luiz. Por ser um jogo de um torneio nacional, possivelmente a CBF não vai deixar
barato.
Comentários
Postar um comentário