ALÔ, ALÔ SAUDADE!-Coluna de Paulo Moraes

Craques da camisa 11 e a volta ao Mundão



Olha eu de novo, agora para encerrar meu passeio pelos jogadores das 11 posições de uma equipe que vi jogar. Giro agora pelos camisas 11. Não vou falar dos irmãos Geo ( Sport ) e Jorginho (Náutico e Santa Cruz). Dizem que eram bem eficazes.  Nem esqueço o amigo Mainha, que figurou brilhantemente, contam, no nosso Santa Cruz , meu e dele. Explicam os amigos, velhos ou idosos, que ele era ótimo. Não tive o prazer de vê-lo jogar. Idade para isso eu tinha, mas morava em Caruaru, um pouquinho distante do Recife.

Givanildo, campeão em 1969, ainda como ponta-esquerda


   Então, entra na minha pauta Givanildo, que se transformaria num excelente volante, muito mais marcador que armador. Pois bem, antes era um ponta,  um ponta falso, que exercia muito mais a função de auxiliar os jogadores do meio de campo. O baixinho olindense deixou saudade. Essa palavra nos leva ao sergipano Joãozinho. Era craque pelas beiradas do campo. No Santa Cruz, no Sport e no Corinthians. No Santa, principalmente. Sempre mereceu nota 10. Ou seria nota 11, para combinar com o número da camisa que vestia.

Joãozinho encantou tricolores e rubro-negros


   No Sport, deslumbrou Fernando Lima. Chegava fácil ao campo inimigo. Sua trajetória, como profissional, começou no Central, onde recebia os lançamentos preciosos do genial e inesquecível meia Vadinho. Curioso é que Fernando era zagueiro no time amador do América, lá da amada Caruaru.

 Finalizo a história dos pontas, os meus favoritos,  com Lala, hexacampeão pernambucano pelo Náutico nos anos 60. Era bom de bola aquele baixinho nascido no bairro de Santo Amaro no Recife. Avançava como verdadeiro ponta, fazia até gols, mas sua função principal era ajudar o meio-campo, formado pelos fantásticos Salomão e Ivan. E outros. Antes de Lala, o Náutico teve um ponta famoso, Rinaldo. Mas não o vi jogar.

Uma formação do Central nos anos 60. Em pé, Aurino, Fernando Silva, Jucélio, João Luiz,  Edmilton e Borges; agachados, Domir, Patota, Fernando Lima, Ronaldo e Soares

   Foram belas passagens da minha vida de amante do futebol. Vou em busca de novas recordações dessa área da profissão que escolhi com tão grande satisfação, para abraçá-la com muito amor. Mas não me despeço. Vou a um momento de nostalgia, de um passado no presente.
   Quero escrever sobre minha volta, nesse domingo 19 de junho, ao cinquentão, ou mais, estádio do Arruda, depois de anos , sem ir ao nosso Colosso. 
   Acordo cedo já pensando no meu reencontro com a casa que me recebeu tantas e tantas vezes, nas coberturas de jogos. E de treinos, nesse caso, do meu querido Santa Cruz.

Lala a cores e em PB


   Incentivo pra ver o jogo com o Jacuipense foi do filho Lula, também jornalista esportivo. Infelizmente, ele não pôde me acompanhar , por motivo de doença. Ficou para outra vez. E ele nem é tricolor. Mas pai é pai. E filho é filho.

   Pertinho das duas da tarde, para em frente ao edifício em que moro, em Olinda, o carro do amigo Marcelo Farias. Ao seu lado está o irmão dele, Álvaro. Gente muito boa, os dois. E é graças a eles que vou ao reencontro com meu palco predileto do futebol. Marcelo e Álvaro, bem amparados com às camisas das três cores. No caminho ao Arruda, o assunto principal, como não poderia deixar de ser, foi o Santa Cruz. Falamos também do Jóquei Clube de Pernambuco, outro amor de Álvaro, meu novo amigo.

   E vamos nós. Vejo a massa tricolor a caminhar em direção ao estádio. Mais tarde saiu a informação do público do jogo. 20 mil pessoas. Acredito que tinha muito mais. Antes do acesso ao camarote dos dois irmãos, vejo a chegada solitária do adversário do nosso time. E me deparo com o ex-goleiro Pedrinho, o Pedro Cruz, e o antigo artilheiro Ramon. Dois velhos amigos históricos do Santa Cruz. E grandes vencedores. Não aguardei a chegada de outro amigo que fiz no futebol de ontem, o ex-meia Luciano Veloso, a Maravilha do Arruda. E vou conhecendo amigos de Marcelo e Álvaro, participantes de um grupo do zapp, "O Só Santa Cruz Super 83" , administrado por Marcelo  do qual faço parte. Diego Gondim e Buiú, por exemplo. Revejo Dodi, que foi diretor de torcida organizada nos tempos da calmaria delas .

O jornalista Paulo Moraes (E) vendo o Santinha, de camarote

   Para ir ao camarote fomos pela escada  porque o elevador demorava. Nele fui apresentado a novos tricolores, entre eles, Vitinho, que cuida do gramado do Arruda, e Bruno, filhos dos ex-presidentes Luís Arnaldo e Dirceu Menelau, respectivamente. Revejo o ex-presidente Edelson Barbosa.
   Na arquibancada, show, show, dizem, da mais apaixonada torcida do Brasil. Em campo, a derrota por dois a zero para o Jacuipense. Tropeço que não impediu a alegria pelos bons momentos de uma tarde de domingo nas Repúblicas Independentes do Arruda.
   Obrigado, Marcelo e Álvaro. Por um dia tão especial.
   Até a próxima! 

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