BALAIO DE NOTAS-Lenivaldo Aragão

A FESTA DO BOI BUMBÁ 

Foto: Renata Felipe-AGIF


No encontro com o representante do Frevo e do Maracatu, a festa foi dos maranhenses. No Castelão, em São Luís, o Sport sentiu a falta do goleiro Maílson, que agora vai mostrar sua perícia aos árabes. Para completar, o Leão pernambucano pegou o Sampaio Corrêa  numa grande noite, nesta sexta-feira (22) em seu domínio, o Castelão – pertence ao governo do Maranhão, mas é lá que a Bolívia Querida joga. Pimentinha fez o couro dos visitantes arder e ajudou a colocar o tricolor da “terra onde canta o sabiá” a um passo do G 4 da Série B. Depois de estar perdendo por 2 x 0, o Sport esboçou um início de reação através de Kaíque. Entretanto, o gol rubro-negro não foi suficiente para enquadrar o Sampaio. Este voltou a se impor e meteu um sonoro e doloroso 4 x 1 na equipe da Terra dos Altos Coqueiros. Depois dessa, o Sport certamente vai acelerar a busca do substituto de Lisca. Isso se já não o contratou.  

ELANO VAI MUDAR O TOM?

O Náutico tem Elano comandando sua equipe pela primeira vez, neste sábado (23). O Timbu recebe o Londrina, às 18h30. As constantes mudanças de treinador devem servir para embaraçar os jogadores, uma vez que cada um técnico tem sua maneira de encarar o jogo. A missão de Elano é fazer a turma esquecer imediatamente o velho samba carnavalesco que diz “fracassei, mais uma vez fracassei, jurei mais uma vez ser feliz...” E está na hora. Nesta rodada, a vigésima, começa o segundo turno. Mais 19 jogos para evitar o grande tombo. Há outra novidade à vista, o reaparecimento do meia Souza, que há uma década encantou a timbuzada. Amadureceu, porém, certamente não desaprendeu.


Reprodução Folha PE


TCN JÁ ESTÁ VALENDO

O grande fato deste fim de semana no futebol pernambucano – jogos Náutico x Londrina e Santa Cruz x Retrô, este pela Série D – é o reaparecimento do Todos com a Nota. Trata-se, como se sabe, de um programa governamental que incentiva financeiramente os clubes. Notas de compra são trocadas por ingresso, o que leva o cliente a exigi-las, aumentando assim a arrecadação oficial, via imposto. Algumas  equipes, até na Série A, fazem publicidade de seu respectivo Estado e de sua cidade nas camisas. É outra maneira de o poder público participar. Uma lacuna que vinha sendo sentida em Pernambuco, depois que o TCN original deixou de existir. Com a volta do Todos alegra todos, os clubes, que se sentirão mais aliviados.

PINTA DE CLÁSSICO

Como os bombeiros ainda não determinaram a nova lotação do Arruda, a presença de público neste domingo (24) não representará a grandeza da massa tricolor. O Santa Cruz recebe o Retrô, às 16h, pela segunda fase (mata mata) da Série D. O segundo encontro será na Arena, a “casa” do Retrô. Esse duelo é aguardado com muita expectativa até por quem não é torcedor do Santinha. Este traz a Fênix atravessada na garganta, depois da surra de 4 x 0 que levou no Campeonato Pernambucano. Na Série D, o Retrô mostrou ser um dos melhores times entre os 64 que começaram a quarta divisão nacional.

CHIQUINHO ANIMA

O Santa Cruz, a gente sabe, andou aos trancos e barrancos na fase classificatória da Série D. Passou para a segunda etapa no pau do canto. Agora, com a volta do meia Chiquinho, o povão está alvoroçado. Uma andorinha só não faz verão, é verdade, mas ajuda. No caso de Chiquinho, muito.

Foto: reprodução Globo Esporte


ROUBARAM A CENA

Lisca e Edson Ratinho, os dois roubaram a cena durante a semana, cada um com sua encrenca diante do Sport e do Santa. Lisca pisou na bola, pois deveria ter sido claro à direção do Leão sobre o interesse pelo Santos. A explosão de Ratinho custou sua saída do Tricolor. Certamente, estava de saco cheio.

SERENIDADE DE ROBERTO

Nada contra Elano, mesmo porque sempre evito qualquer tipo de prejulgamento, mas Roberto Fernandes mostrou-se educado e sereno na carta aberta sobre sua demissão do Náutico, principalmente na hora em que o Timbu estava se reforçando. Ele não pôde usufruir da nova situação.

COPA DO INTERIOR

Vai de vento em popa. É uma competição que me agrada e que acompanho, mesmo a distância, desde os anos 60. Cobri muitos jogos e acompanhava de perto algumas rivalidades, como Pesqueira-Belo Jardim e Caruaru-Limoeiro. Hoje, Santa Cruz do Capibaribe, minha cidade, está representada. E já foi até campeã  duas vezes, em 1987 e 1991.

‘DEIXO QUE EU BATO’

Aconteceu em Santa Cruz do Capibaribe, nos anos 50. O Ypiranga nem sonhava em um dia sair de sua zona de influência e fazia frequentes amistosos com times, amadores como ele, das redondezas, inclusive Caruaru. Num cero domingo, num desses jogos, o árbitro Raimundo Francelino Aragão, que aqui, acolá tinha algumas reações estapafúrdias, marcou uma falta. Só que não indicou para qual lado a infração deveria ser cobrada. Apitou e os jogadores dos dois times ficaram sem saber quem deveria chutar. O juiz apitou novamente e nada. Os atletas continuavam esperando. O árbitro esperou alguns segundos e tomou a decisão arbitrária: “Ninguém quer chutar não, eu mesmo chuto”. E meteu o pé na bola para espanto de todos. E avsou: “Tá em jogo”.

 

 

 

 

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