Futebol pernambucano no ritmo de Gonzagão
O título desta matéria é de uma
das inúmeras músicas gravadas por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Trata-se do xote
Vira e Mexe, que se aplica, cm todas as
medidas, à fase atual que os três grandes clubes de Pernambuco estão vivendo. Vejamos:
DOÇURA E AZEDUME NO ARRUDA
Edson Ratinho recusa-se a pedir desculpas e se considera definitivamente fora do Santa (Foto: Rafael Melo-Santa Cruz) |
O Santa Cruz festejou a passagem para a segunda fase – mata mata – da Série D, mas Edson Ratinho azedou a comemoração. Repetindo Leston Junior, ex-treinador do clube, Edson fez uma série de cobranças à diretoria, da questão salarial, que atinge também, e, principalmente os funcionários do clube, à presença dos dirigentes junto ao elenco. As bombásticas declarações do atleta após o empate de 1 x 1 com o Lagarto levaram o clube a dar-lhe o bilhete azul segunda-feira (18). No dia seguinte foi readmitido por força de um apelo feito à diretoria pelos companheiros. Isso foi só um capítulo deste episódio novelesco. O jogador recusa-se a desdizer o que disse e já fez uma publicação na rede social dizendo que está mesmo fora do Tricolor do Arruda.
LISCA: EX E NOVAMENTE “INIMIGO”
Para os rubro-negros, Lisca não é mais aquele (Foto: reprodução Globo Esporte) |
O ex-“inimigo” Lisca virou pessoa do bem para a torcida do Sport, mas só por uns dias. Foi recebido festivamente, como substituto do demitido Gilmar Dal Pozzo. Chegou até a subir no alambrado, agora num gesto cordial, não mais em tom zombeteiro. Não deu nem um mês para a “inimizade” ser ressuscitada. O interesse do Santos levou o irrequieto gaúcho a se mudar de mala e cuia – certamente de chimarrão – para a Vila Belmiro. O agora ex-técnico do Sport beliscou de leve o carinho rubro-negro, um leão que passou em sua vida, mas voando. Não deixa nem história, a não ser esta que em nada robustece sua carreira: quatro jogos à frente do rubro-negro pernambucano, com 1 vitória e 3 empates. O lado bom, para ele, é o fato de ter saído invicto. Quem está vindo é o conhecido Daniel Paulista, ex-jogador e ex-treinador rubro-negro que, a exemplo de Lisca, está rompendo seu contrato com o CRB para dirigir o time da Praça da Bandeira.
O SANTO DE CASA NÃO FEZ O MILAGRE
O campeão Roberto Fernandes já não poderá usufruir dos reforços alvirrubros (Reprodução) |
Roberto Fernandes dirigiu o
Náutico pela quinta vez. Cataloga em sua carreira mais um título de campeão
pernambucano. Pode até ter entrado na história, como Djalma Santos na Copa do
Mundo de 1958 e Fernando Matias no time hexacampeão do Náutico em 1968. Num e
noutro casos, De Sordi e Fraga aguentaram o tombo durante toda a campanha, mas
não aparecem na foto consagradora. Porém, fazem parte da história, se não
tivessem seu valor não estariam lá, na hora decisiva. Todavia, o milagre que se
esperava na Série B não aconteceu, e Bob foi despedido após sua equipe levar
uma virada em casa para um adversário, a Chapecoense, que, como o Náutico, luta
para escapar do rebaixamento a Série C. Venhamos e convenhamos, fazer alguns
jogadores do Alvirrubro jogarem é tirar leite de pedra. A saída do treinador
aconteceu num momento em que novos contratados estão para entrar na equipe, juntamente
com Kieza, a eterna esperança. Acho que houve um pouco de açodamento na
dispensa. Se Eduardo Baptista vier mesmo vai ter que operar o milagre esperado.
Quem sabe se não vai conseguir?
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