(Foto: reprodução @everlynfotogrsfias / Santa Cruz) |
MARATONA TRICOLOR RUMO A TOCANTINS
(Em foco, este e outros assuntos)
A equipe do Santa Cruz saiu do Recife para São Luís, capital do Maranhão.
Ali pegou outro voo rumo a Imperatriz. Em seguida encarou umas duas horas de
ônibus até Porto Franco, ainda em solo maranhense. Travessia do Rio Tocantins em balsa, e
novamente “voo rasteiro”, expressão que faz parte do linguajar dos boleiros
para definir a viagem por rodovia. Chegada prevista em Tocantinópolis para esta
sexta-feira (12), à noite. Amanhã, treino no gramado onde vai jogar, e em
seguida descanso até a hora do jogo de volta contra o Tocantinópolis, domingo (14), às 16h.
Embora ainda lamentando o empate com o gosto amargo da derrota,
considerando as chances desperdiçadas no Arruda, tem muito tricolor se aventurando
a ir até Tocantins, que já fez parte de Goiás, na esperança de ver o Santinha
se classificar para as quartas de final da Série D, na verdade, outro mata
mata. Ou seja, Marcelo Martelotte e sua turma não estarão sozinhos.
O jargão
do antigo repórter Bartolomeu Marinho me veio à memória ao ver o Náutico
balançar a rede do CRB duas vezes seguidas e abrir o caminho para nova vitória
sobre o Galo das Alagoas. O abismo colossal ainda é uma ameaça para o campeão
pernambucano, mas a tal claridade no fim do túnel já é animadora.
Vitórias
do Náutico sobre o CRB, na Série B 2022, lá e cá, ambas pelo mesmo placar, 2 x
1. No Rei Pelé, o Timbu perdia por 1 x 0 e virou o jogo. Agora, em casa, fez
logo dois e se garantiu para suportar a reação dos alagoanos, que, sem dúvida,
assustaram no fim da partida.
O Náutico ainda não saiu do Z 4, a zona dos condenados, no momento assim formada: 17º) CSA, 23; 18º) Náutico, 21; 19º) Guarani, 20; 20º) Vila Nova, 20º. A equipe de Elano era a última colocada, mas entregou a lanterna ao Guarani. Neste sábado (13), com Jean Carlos reaparecendo após suspensão, o time dos Aflitos terá uma parada choca, contra o Bugre, no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas-SP. O Náutico voltou a respirar, mas precisa ainda de muito oxigênio para evitar a queda.
Foto: Morgana Oliveira / CSA |
Roberto
Fernandes vem aí. Depois de estrear à frente do CSA, com uma vitória sobre o
Brusque, o ex-técnico do Náutico estará em ação, à frente do Azulino, na Arena
de Pernambuco. O time da Terra dos Marechais, que abre o Z 4 da Série B, visita
o Sport neste sábado (13). A barra pesa para o CSA diante da necessidade de o
Leão amenizar a raiva da torcida, com a goleada sofrida para o Ituano por 4 x
1.
A
televisão mostrou e as redes sociais espalharam o gol espetacular de um garoto
de Minas Gerais, que andou dando chapéu – o nosso antigo banho de cuia – nos adversários
até chegar à barra, terminando com a bola na rede. O lance foi comparado a um
gol de Pelé, no início da carreira, contra o Juventus, em 1959. Só que além dos
zagueiros, o Rei também tirou o goleiro de tempo.
Há quem
não valorize, mas o Campeonato Brasileiro de Aspirantes é uma chance para os
times observarem mais atentamente jogadores até 23 anos de idade. Em
Pernambuco, antigamente, os jogos dos profissionais tinham os aspirantes dos
dois clubes que se digladiavam na partida principal, enfrentando-se na
preliminar. O torcedor acompanhava o surgimento de novos valores. Às vezes um
ou outro do time de cima que precisava entrar em forma após uma lesão, era
escalado. A CBF promoveu este ano o primeiro Brasileiro da categoria, no qual
Pernambuco entrou com o Sport e o Náutico. O Leão se classificou para as
quartas de final e vai duelar com o Cuiabá na tentativa de chegar às
semifinais.
Esta foi
a resposta dada pelo ponta-esquerda Nico, do Central, com ligeira passagem pelo
Sport ao ser convidado por Noélio, seu ex-companheiro de time, para ir jogar no
Canadá. Noélio, que também defendeu o Leão e a Patativa, tinha atuado no futebol
canadense e estava virando empresário da bola. Ao indagar o impetuoso Nico
sobre o motivo de sua recusa, recebeu esta explicação: “Eu só falo pernambucano
e nem falo pernambucano direito, como é que eu vou pro Canadá?”
O Central no tempo de Nico: Arquivo |
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