O ponta Rinaldo e Formiguinha de Açúcar
Alô, saudade de vocês, amigo e amiga. No meu alô de
agora, conto duas histórias do Náutico. De anos atrás, claro. Falar do Náutico
de agora, deixo essa missão para outros, aqueles que vivem à redação hoje.
Começo com Rinaldo Luís Dias Amorim. Na bola, só Rinaldo. Só o vi
jogar uma vez. Nem lembro se era bom ou razoável. Ruim não era, pois por onde
passou foi titular da meia-esquerda e da ponta-esquerda. Meus olhos em cima da
bola desse pernambucano da cidade de Jurema, e não de Carpina, onde mora há
tantos e tantos anos, foi no primeiro jogo da decisão do Campeonato Pernambucano
de 1963, no início do Hexa alvirrubro. O Náutico venceu por 3 a 2, Rinaldo fez
um gol. Não recordo como foi o gol, e nem do futebol de Rinaldo naquele domingo
à tarde, no Estádio da Ilha do Retiro. Deixa pra lá. Para falar da carreira
dele, recorro a uma revista editada pelo amigo de mais de 50 anos, o carpinense
Antônio Carlos de Oliveira, o Toinho Legal.
Está lá na publicação. A carreira de Rinaldo começou no Auto
Esporte de João Pessoa. De lá foi para o Treze. E como se destacou no Galo da
Borborema, no Torneio Pernambuco/Paraíba de 62,teve o passe comprado pelo
Náutico. Era meia-esquerda, mas o técnico Alfredo Gonzalez o transferiu para a
ponta-esquerda, deixando a posição da camisa 10 para o paulista de Santa Cruz
do Rio Pardo Ivan, o hoje Ivan Brondi de
Carvalho. Em 1964, depois de uma brilhante jornada contra o Palmeiras na Taça
Brasil, a atual Copa do Brasil, foi parar no próprio alviverde. Daí em diante, seu
futebol foi do Fluminense, Coritiba e outros clubes menores do interior de São
Paulo. Foi da Seleção Brasileira por 12 vezes. Na estreia pela Canarinha marcou
dois gols na Inglaterra num amistoso em 1964, no Maracanã. Foi campeão
paulista, do Torneio Rio/São Paulo, brasileiro de seleções por São Paulo, paranaense.
É gente boa esse Rinaldo.
Na segunda história, estou envolvido.
Como era um repórter irrequieto na cobertura do Náutico a partir de 1965, ao
chegar ao clube nos dias de treinos, não parava um só instante. Falava com
todos, do roupeiro aos jogadores. Nem o vendedor de laranjas, o saudoso Barulho
escapava das minhas perguntas. Por essa razão, o goleiro Lula, o
lateral-esquerdo Clóvis e o centroavante China se reuniram para pôr um apelido
em mim. Virei Formiguinha de Açúcar porque me mexia muito. E assim ficou. Ainda hoje há quem me
chame de Formiguinha, como o ex-ponta-direita Elói. E o ex-goleiro João Adolfo,
que na semana passada, conversando com o irmão Lenivaldo perguntou: “E
Formiguinha, como vai?”
Na próxima edição, novas histórias serão contadas. Até lá, então, amigo e amiga!
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