BALAIO DE NOTAS – Lenivaldo Aragão

 Vários assuntos em foco

Diógenes Braga acossado pela oposição alvirrubra (Foto: Globo Esporte-reprodução)


PARECE, MAS NÃO É. OU É? – As consequências do rebaixamento à Série C pululam por todos os poros nos Aflitos. Jogadores pedem para ir embora antes do término do Brasileirão e o caminho está aberto para outros. Enquanto isso, o presidente Diógenes Braga (foto) sofre uma enorme pressão para picar a mula e ir embora, como diz uma música antiga. Um grupo comandado por Plínio Albuquerque, candidato derrotado por Diógenes no pleito para substituição de Edno Melo, quer ver o atual mandatário longe da cadeira presidencial, embora ele ainda tenha um ano de mandato. Nesta quarta-feira (26), Plínio explicará em entrevista coletiva que ninguém quer o impeachment do mandatário timbu, como está se falando, mas apenas a renúncia amigável. Se vai conseguir é uma incógnita.

SALADA DA GOTA – Vez por outra me vem à memória uma antiga coluna assim denominada, assinada pelo cronista esportivo Waldemar Porto num semanário de Caruaru. É o que está acontecendo na Série A2 pernambucana. O América perdeu 12 pontos por ter utilizado seguidamente um jogador em situação irregular, não obstante ter sido advertido por Evandro Carvalho, sobre a ilegalidade do atleta, segundo o próprio presidente da FPF. O lugar vago vai ser ocupado pelo Sete de Setembro, que estava em quarentena, esperando a vaca, leia-se o América, ir pro brejo. O time de Garanhuns chama  seus jogos para o Grito da República, em Olinda, pasmem! É  que seu estádio, o Gigante do Agreste, está em obras. Vai daí que num certo domingo, a ambulância obrigatória, de responsabilidade da prefeitura olindense, chegou a campo com mais de uma hora de atraso. O Sete já havia sido considerado pelo árbitro, perdedor do jogo que não houve. Só precisava de um ponto para se classificar à segunda fase, mas terminou alijado. Como sabia da encrenca em que o Mequinha tinha se metido, ficou fazendo figa. Deu certo!

LISCA ENGORDA A CONTA – Sport, Santos, Avaí. Foi rápido o circuito percorrido nos últimos meses pelo técnico Lisca, que já está esperando um novo convite após ter recebido o bilhete azul do clube catarinense nessa segunda-feira (24). Deve ter aumentado sua conta bancária com a multa contratual.   

ARRE ÉGUA! – Não é apenas no futebol que o Ceará está na frente de Pernambuco. No vôlei também. O vizinho Estado participa da Superliga Masculina, competição nacional, com a equipe Rede Cuca. O técnico é Marcelo Negrão, paulista criado no Recife, onde deu seus primeiros passos na modalidade, vestindo a camisa do Colégio Boa Viagem. Entre inúmeras conquistas, é detentor do ouro olímpico  masculino de 1992, em Barcelona.

WALTER GORDINHO – Na minha coluna “Bola, Trave e Canela”, no face e no blog, ao editar uma história intitulada “O atacante Sílvio Gordinho e a seleção de férias”, lembrei-me do conhecido meia, que está de volta à terrinha. Dizem que agora vai jogar futebol de sete. Bola ainda tem. E ainda pensa voltar ao campo.

LEÃO NA ARENA – Mesmo a contragosto, o Sport volta a jogar na Arena de Pernambuco. No seu penúltimo jogo pela Série B cumpre a proibição de atuar na Ilha do Retiro. Receberá sexta-feira (28), o rebaixado Operário-PR. Uma partida aguada, sem torcedores nas arquibancadas, como determinou o STJD.

CHEGAR CHEGANDO Depois de contratar o técnico Ranielle Ribeiro, o Santa Cruz já a arquiteta seus planos para 2023, quando novamente disputará a Série D, ou Quarta Divisão, do Campeonato Brasileiro. Dinheiro, por enquanto, passa longe do Arruda, mas não adianta fazer um time de jogadores desprovidos de qualidades porque a situação continuará a mesma. Um clube tradicional como o Santinha precisa chegar arrebentando e se fazendo respeitar, o que não tem acontecido ultimamente.  

GENTIL, A BOLA E VACA – Dão um livro as tiradas do célebre técnico Gentil Cardoso, como aquela proferida quando um jogador iniciante dava um bombão para cima. Surgia o diálogo, que não era apenas folclore, pois certa vez presenciei:

– Meu filho, de que é feita a bola?

– De couro – respondia o atleta meio desconfiado. E o diálogo seguia.

– E de onde vem o couro?

– Da vaca.      

– O que é que a vaca come?

– Come capim.

– Então, meu filho, a bola gosta de correr pela grama, é o lugar dela...  



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