Estádio dos Aflitos voltou a ser palco de festa para o Grêmio

 

Foto: reprodução

Outra vez o Náutico serviu de chacota para o tricolor do Rio Grande do Sul. Em 2005 foi um desastre inesperado que passou a fazer parte da história dos dois clubes, em sentidos antagônicos. De um lado, a glória; de outro, o fracasso. A  vitória improvável do Grêmio, a festejada – por eles – Batalha dos Aflitos, é sempre lembrada em qualquer encontro dos dois times. O Náutico, por mais que queira esquecer, continua a carregar sobre os ombros o fardo não de uma simples derrota, mas de uma tragédia descomunal que jamais será esquecida e certamente passará de geração em geração. Trata-se de um carma, uma frustração eterna, inapagável mesmo.

Agora em 2022, com os Aflitos recebendo pouco mais de seis mil pessoas, não havia o que esperar de um Náutico já rebaixado e cuja motivação era apenas mostrar seus brios tão delimitados pela irrisória campanha na Série B do Campeonato Brasileiro e procurar adiar a volta do adversário à Série A. Até que o time lutou em defesa da honra, porém quando parecia estar propenso a endurecer a parada, entregou o ouro. Depois de pelo menos duas chances valiosas desperdiçadas, o Náutico cedeu à primeira tentativa do Grêmio. Levou um gol aos 26 minutos do primeiro tempo e não se encontrou mais. Os visitantes passaram a usufruir da superioridade técnica de seus jogadores. Se o Náutico já não estava mais ameaçando os gaúchos, a situação piorou depois que o time da casa ficou reduzido a dez homens. 

Após a rede alvirrubra ter balançoado três vezes, o temor de uma goleada passou a varrer as arquibancadas. Felizmente ficou no 3 x 0. Torcedores gremistas, alguns vindos de outras capitais do Nordeste, puderam festejar sem sair de onde estavam, com os jogadores. Estes se portaram educadamente diante de sua galera, ao contrário do que ocorreu com o Vasco, no jogo contra o Sport. Ali, jogadores vascaínos, conduzidos pelo pernambucano Raniel partiram para a provocação da torcida da casa, que reagiu de forma violenta. Nos Aflitos, neste domingo (23), se revolta havia da timbuzada era contra os jogadores e os dirigentes. Todavia, nada além dos desabafos, que eu desaprovo, e que não levam a nada.

Como seus rivais, o Náutico definha. Voltar à Série C debilita ainda mais sua história e sua tradição. Talvez seja hora de unir esforços para formar uma equipe capaz de se impor na terceira divisão e não apenas participar, com jogadores incapazes, como alguns que a torcida teve que suportar este ano.

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