SÉRIE A 2

 Erros inadmissíveis causam eliminação de times tradicionais


Foto: Ypiranga x Chã Grande-Daniel Xavier / Ascom Ypiranga-rwprodução

O Ypiranga, de meu inesquecível ídolo da adolescência, o goleiro Zé Fuminho, foi  eliminado da Série A 2 pernambucana. Não na bola, mas na caneta. É que a Máquina de Costura alinhavou erradamente ao colocar em campo um jogador em situação irregular. Um erro imperdoável em se tratando de uma competição profissional. Como não tinha nada a ver com a mancada do coirmão, o caruaruense Porto, que havia sobrado ao não ter se classificado para a nova etapa,  assumiu o lugar.

O Ypiranga teve o zagueiro Márcio suspenso por quatro jogos, porém antes de completar a punição o jogador voltou a ser escalado. A transgressão, detectada pela FPF, foi parar no Tribunal de Justiça Desportiva. O clube de Santa Cruz do Capibaribe, que sonhava com o acesso à Série A 1, foi punido, em consonância com as leis vigentes, perdendo 17 pontos.  Com isso, o tricolor de Caruaru foi beneficiado. E o Ypiranga sobrou, para frustação de seus torcedores e, principalmente, jogadores.

AMÉRICA NA TRILHA – Outro que vai no mesmo caminho é o América, seis vezes campeão estadual. O Campeão do Centenário (1922) está passível de dançar também na mesma competição, segundo informa Amaury Veloso, meu antigo companheiro no Diario de Pernambuco. O Alviverde vai ser julgado pelo TJD por ter escalado na rodada passada, contra o Atlético Torres, um atleta que talvez estivesse apto a nadar, mas não a jogar. Trata-se de Emerson Tubarão.

DESGRAÇA E ALEGRIA... Segundo um ditado, desgraça de um, alegria de outro. Se o América sobrar por causa da bobagem que cometeu, sua vaga vai cair no colo do Sete de Setembro. O time de Garanhuns pode assim retornar ao campeonato após sua eliminação por ter perdido os pontos numa partida em que a ambulância que deveria estar obrigatoriamente no estádio não compareceu. Sem ela, nada feito, a bola não rolou.

É bom lembrar que o Sete tem atuado como mandante em Olinda, distante 230 quilômetros de Garanhuns, haja vista o seu Gigante do Agreste estar em obras. O Lobo Guará, que precisava se apenas um ponto para se classificar, enfrentaria o Atlético Torres, na Marim dos Caetés. Sem ambulância, fornecida pela prefeitura olindense, o árbitro Tiago Lima Vieira não autorizou o início do encontro. O esperado veículo só pintou no estádio às 16h13, quando deveria estar lá às 15h, horário do começo  da partida. Cumprida a espera prevista em lei, sem que a ambulância desse sinal de vida, o árbitro considerou o “time da casa” perdedor por 3 x 0, de conformidade com o regulamento. E o Grito da República acolheu as lágrimas e a tristeza dos  desesperados atletas do Sete.

CULPA DE QUEM? – Não tenho procuração para defender a Federação Pernambucana de Futebol, mas por aqui costuma-se  culpar a entidade por todas as mazelas que acontecem. Nem sempre a babá, por mais cuidado que tenha, pode ser responsabilizada pelas travessuras da criança que tem sob seus cuidados.  

 

 

 

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