A falta que faz a água que passarinho não bebe
Brasileiros e indianos unidos no Catar (Reprodução Globo Esporte) |
Essa choradeira a respeito da proibição da venda de bebida alcoólica no Catar, nos estádios da Copa e adjacências, chega a me espantar. Não é possível que esse pessoal não soubesse que em países que professam o islamismo tal prática funciona como uma espécie de dogma. Não pode e pronto! Aqui, acolá, dependendo do país, existe alguma liberalidade, porém a água que passarinho não bebe só pode ser tomada em determinados lugares. Nada de sair à rua com a garrafa no bico, por exemplo. Em muitos países laicos, como a Austrália, tal hábito também é vetado.
Reproduzo no “Blog de Lenivaldo
Aragão” e no face book “Lenivaldo Moraes Aragão” uma reportagem da revista
Placar, publicada em 1979, a respeito da excursão do Santa Cruz pelo Oriente
Médio, que valeu a conquista, pelo Santinha. da Fita Azul, prêmio simbólico
criado pelo jornal Gazeta Esportiva, de São Paulo. A impossibilidade de sorver
goles de uma cervejinha, de vez em quando, foi recebida com muita surpresa pela
turma tricolor. Portanto, trata-se de uma medida de cunho religioso, que vigora
há muitos séculos.
Recentemente, aqui em Pernambuco
e no resto do Brasil, durante vários anos tal proibição reinou nos estádios,
uma vez que se atribuía às “talagadas” tomadas e repetidas, o surgimento de
algumas arruaças nas arquibancadas.
Nos Aflitos, um vendedor de
chope no antigo setor de cadeiras, passava o jogo subindo e descendo os degraus
para atender sedentos e ávidos timbus. Teve que se acostumar à parca venda de
refrigerantes. Como se queixava do prejuízo. Mas a boiada passou e ele
sobreviveu.
Comentários
Postar um comentário