SELEÇÃO BRASILEIRA

Na polêmica de sempre, Daniel Alves é a bola da vez

 

Foto: Sportbuzz-reprodução


Como toda convocação para a Seleção Brasileira gera uma discussão, na atual, que participará da  Copa do Catar, agora no fim de 2022, não poderia ser diferente. Pedras são atiradas em direção ao baiano de Juazeiro Daniel Alves, quase quarentão. Ele é apontado por uma grande parte da mídia nacional como alguém que já deu o que tinha que dar e, portanto, está tomando o lugar de alguém que seria mais útil.

Há, porém, quem acredite na sua utilidade, principalmente pela experiência. Eu me enquadro nesse pelotão.

Creio que o aproveitamento de Daniel Alves cogitado pelo técnico Tite é como uma mistura de lateral direito e meio campista, sem a necessidade de efetuar aqueles piques extraordinários até a linha de fundo. Isso acontecia com Júnior, hoje comentarista da Rede Globo, só que pelo lado esquerdo. O treinador certamente tem seus planos de jogo na cachola e chegou à conclusão de que Daniel se encaixa neles perfeitamente.

É verdade que o lateral que brilhou intensamente no Barcelona e na própria Seleção, não vinha jogando num país de destaque futebolístico no nosso planeta. Poucos sabiam que  atuava no futebol mexicano, um centro de meia força,  e que ultimamente treinava no time B do Barcelona para manter a forma. Isto, porém, não o desmerece.

De resto. a lista dos 26 jogadores chamados por Tite enquadra os nomes já esperados, inclusive de novatos, como Pedro, Rodrigo e  Vinicius Júnior.

Uma curiosidade que espelha o estágio em que o futebol mundial se encaixa é que a apresentação dos convocados acontecerá em Milão, na Itália. Como apenas três jogam no Brasil, dispensa-se para a grande maioria a cansativa travessia, de ida e volta, do Oceano Atlântico. Da cidade da ópera, a turma após uma breve convivência respirando ares italianos, segue para o país da Copa. Se o ambicionado sexto título de campeão mundial for conquistado, é possível que a Seleção Brasileira venha ao seu país para receber as homenagens do povão. Caso contrário, a grande maioria fica em casa, sem necessidade de visitar o Brasil.

 

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