NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão

 

Foto: LANCE!-Reprodução

 

SEJA QUEM FOR - Como se previa a partir do momento em que foram conhecidos os semifinalistas, Argentina e França protagonizarão a grande final da Copa do Mundo. Chegaram merecidamente e no detalhe, como os jogadores gostam de citar. Seja quem for, o campeão conquistará o título pela terceira vez, aproximando-se do Brasil, que deu a volta olímpica em cinco ocasiões. Usando a fraseologia do mundo da bola, o troféu estará em boas mãos, seja levantado por Messi ou por Mbappê.

HONRA AO MÉRITO- Se houvesse esse prêmio na Copa, neste torneio do Catar caberia ao selecionado de Marrocos, independentemente de vencer ou perder a batalha contra a Croácia pelo terceiro lugar. Os marroquinos, chegando às semifinais, elevaram o conceito do futebol africano, que nunca tinha passado das oitavas.

ISENTO- A justiça espanhola confirmou a inocência de Neymar, acusado de fraude e corrupção cometidas quando de sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013. Assim, o craque da Seleção Brasileira está livre de uma aporrinhação que tanto o atormentava.

A DEFINIR- Esta expressão ocupa vários espaços da tabela do Campeonato Pernambucano. Por exemplo, os dois primeiros jogos, sábado 07/01/2023, são Afogados x A definir e A definir x Náutico. Não pensem que se trata de novo time, com um nome exótico. É que o certame ainda está sub judice, pois a FPF continua aguardando o julgamento, no STJD, do protesto do Vitória, que acredita ter direito a uma vaga.

 PERNAS PRO AR-  “Hora de vadiar, vadiar! – Hora de trabalhar? – Pernas pro ar que ninguém é de ferro!” Pelo menos por enquanto, a filosofia do genial Ascenso Ferreira, “matuto” de Palmares, paira sobre a Federação Pernambucana de Futebol. Calma! É que com tudo parado, os funcionários estão gozando férias coletivas.

LUCIANO NA ÁREA- Não se trata de Luciano Maravilha, que dentro ou fora da zona perigosa era um perigo. Falo de outro, também agressivo, no bom sentido, nas empreitadas que assume. Quando tudo parecia resolvido no Sport, eis que Luciano Bivar entrou na parada, recorreu até à Justiça, e surge como concorrente de Yuri Romão à presidência do Leão. Frontalmente contrário à adesão do clube ao sistema SAF, o deputado confia na sua condição de rubro-negro raiz. Presidente do clube mais de uma vez, tem um irmão que também passou pelo posto em mais de uma ocasião, e é filho de um ex-presidente e ex-jogador do clube da Ilha, Milton Lyra Bivar. Outro irmão seu, China, foi zagueiro da equipe leonina.

OS TEMPOS MUDARAM- Antigamente, muitos jogadores que despontavam pelo Nordeste eram atraídos pelo melhor nível técnico e salarial do futebol pernambucano. Jogando no Náutico, Santa Cruz, Sport e até no América apareciam mais e tinham maiores chances de tomar o rumo do Sul Maravilha. Hoje é o contrário. Como o dinheiro lá fora fala mais grosso do que o nosso, estamos perdendo valores, como Juan Carlos (Náutico) e Sander (Sport), que foram ganhar mais no Ceará e no Goiás, respectivamente. Os que chegam de fora para cá dificilmente empolgam o torcedor, como ocorria antes.

FRASEADO...- Lorenzo Pietro Barra brilhou iaté o fim dos anos 70 na Liga Americana de Beisebol, defendendo o New York Yankees. Era craque também na desarrumação que dava às suas frases, como:

“Se você não sabe para onde vai é preciso ter cuidado, pois talvez não chegue lá”.

“Se me perguntar alguma coisa que não sei, não vou responder” (antes de uma entrevista a uma rádio).

“Estou usando estas luvas por causa das mãos” (ao ser indagado sobre o uso de luvas),

“Quem não consegue distinguir a diferença entre o som de uma bola que bate em madeira e outra que bate em concreto tem que ser cego” (discutindo com um árbitro).

“Eu procuraria o cara que perdeu e, se ele fosse pobre devolveria” (respondendo a uma pergunta do famoso apresentador Casey Stengeln sobre o que faria se encontrasse um milhão de dólares).

“Ele deve ter feito esse filme antes de morrer” (comentando uma fita do célebre artista Steve McQueen).

“Mantle rebate com as duas mãos porque é anfíbio” (sobre o jogador Mick Mantle).

“Como é que a gente pode pensar e rebater ao mesmo tempo?” (dirigindo-se ao técnico, que pedia para ele pensar quando rebatesse uma bola).


 

 

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