NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão

 

       1 ) Thyere, essa cara 2) Escolha justa 3) O castigo continua 4) O desabafo 5) Retrô no seu canto 6) O time de Ênio Andrade 7) Regata açude 8) Conheça o futlama

 

Foto: Sport Club do Recife-reprodução)


THYERE, ESSE CARA – Para quem viu a Ilha do Retiro abarrotada no meio da semana, na decisão da Copa do Nordeste, o cenário neste domingo (7), era simplesmente desolador. No estádio, só as equipes do Sport e do Guarani e quem estava trabalhando. Nem um pouco da vibração geralmente emanada da arquibancada. Nem por isso o Sport deixou de cumprir o seu papel. Venceu a partida por 2 x 0, gols assinalados pelo zagueiro Rafael Thyere. Oportunidade para o capitão do time ser estridentemente aplaudido e reconhecido. Mas cadê o povão para lhe bater palmas? A galera não apareceu por estar proibida de ver o jogo in loco porque o clube foi punido em função da insensatez de alguns torcedores exaltados. Mas isso é outra história.

ESCOLHA JUSTA – Rafael Thyere foi escolhido como “O Cara do Jogo” pela equipe da Band/Tribuna que transmitiu a partida para todo o Brasil. As subidas ao ataque em determinados momentos são uma característica toda sua, muitas vezes surpreendendo a defesa adversária, como aconteceu nesse encontro com o Bugre. Não faltaram ao jogador leonino elogios de um pernambucano que participou da transmissão e que já foi bom ali atrás, onde Thyere atua: Ricardo Rocha.  

O CASTIGO CONTINUA – O Sport, que começou muito depois dos demais participantes do campeonato, saiu do incômodo Z4 para o 14º lugar, com 4 pontos em 2 jogos, referentes a 1 vitória e 1 empate. O Guarani, ainda se sustenta no G4. É o 4º colocado, com 9 pontos em 5 jogos, 3 vitórias e 2 derrotas. O Leão volta a campo nessa quarta-feira (10), novamente na Ilha, outra vez sem o grito do grosso da galera. Seu adversário vem de Minas Gerais. Trata-se do Tombense (15º), que empatou com o Atlético-GO por 1 x 1.

SEGUNDA CORAL – Esta segunda-feira é o dia da estreia do Santa Cruz na Série D. No Arruda, a Cobra Coral recebe o Iguatu, do Ceará, às 20h pelo Grupo 3. O árbitro é do Acre, Júlio Nogueira de Castro, e os bandeirinhas pernambucanos, José Daniel Torres de Araújo e Dhiego Cavalcanti Pereira, bem como o quarto árbitro, Diego Fernando Silva de Lima, e o analista de campo, Francisco Domingos da Silva.

O DESABAFO – O técnico Dado Cavalcanti aproveitou o pós-jogo do Náutico sábado (6), depois da virada sobre o São José-RS, para desabafar a respeito da invasão do centro de treinamento do clube por torcedores. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece no CT Wilson Campos. O treinador está coberto de razão. Em qualquer lugar é proibida a presença de estranhos no local de trabalho.

RETRÔ NO SEU CANTO – Após estrear com um empate fora de casa – 1 x 1 em Aracaju, com o Falcão – o Retrô prepara-se para seu primeiro jogo em casa. Na Arena de Pernambuco, seu verdadeiro ambiente em qualquer campeonato, a Fênix, que está em 5º lugar no Grupo 4, vai receber sábado que vem (13), o Cruzeiro de Alagoas (3º).

O TIME DE ÊNIO ANDRADE – Uma curiosidade: o São José, que acaba de enfrentar o Náutico pela Série C, foi o clube no qual Ênio Andrade, ex-jogador e treinador do Alvirrubro, tendo também dirigido o Sport e o Santa Cruz, começou e encerrou a carreira de atleta.

REGATA NO AÇUDE – Os 7.353 habitantes de Antonina do Norte-CE, ex-Mocambo, a 454 km de Fortaleza, têm tido um divertimento pouco comum na área. A Barragem do Mamoeiro, no Rio Conceição, que há muito tempo não enchia para valer, e agora recebeu água em volume descomunal, vem sendo palco de movimentadas provas de remo, esporte que não faz parte da cultura da Região. Uma ponte e as beiradas do açude enchem de gente, como acontecia nas margens do Capibaribe, nas renhidas disputas envolvendo Barrozo, Náutico e Sport. Um sucesso!

CONHEÇA O FUTLAMA – A regata no interior cearense faz lembrar o futlama, praticado em Macapá, na orla do Rio Amazonas. Este, por lá, já obedece à movimentação da maré, no Oceano Atlântico. Na baixa-mar, a bola rola sobre a lama que fica, em jogos  concorridíssimos, envolvendo equipes masculinas e femininas. Em 2021, a novidade foi elevada à condição de Patrimônio Imaterial e Cultural de Macapá. Anualmente, a prefeitura promove o Torneio de Futlama. 

Divulgação

Tudo começou nos anos 1990, quando uma turma esperava que a água baixasse para disputar peladas na margem enlameada do rio. E haja escorregão e muito riso. A coisa cresceu, e em 2007 foi criada a Federação Amapaense de Futlama. Cada time tem oito jogadores, e as regras são as mesmas do futebol normal, sendo que o escanteio pode ser cobrado tanto com as mãos, como com os pés. Os nomes das equipes estão sempre ligados à Natureza. Alguns exemplos:  'Tralhoto' e 'Carataí' (peixes), 'Tico-tico' e 'Beija-flor' (pássaros), 'Pau-ferro' e 'Maçaranduba' (madeiras nativas), 'Abacaxi', 'Água Marinha' e, como não poderia de ser, 'Rio Amazonas'.

 

 

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