ADEMIR, ORLANDO E SIMÃO

 

Ademir e Orlando: rivalidade só no campo


Trio pernambucano campeão sul-americano



Estes três pernambucanos, saídos do Recife em épocas diferentes para fazer sucesso no Sul Maravilha, representaram Pernambuco na Seleção Brasileira, campeã do Sul-Americano de 1949, disputado no Rio de Janeiro. Os resultados do time campeão foram:  

Brasil 9 x 1 Equador

Brasil 10 x 1 Bolívia

Brasil 2 x 1 Chile

Brasil 5 x 0 Colômbia

Brasil 7 x 1 Peru

Brasil 5 x 1 Uruguai

Brasil 1 x 2 Paraguai

Brasil 7 x 0 Paraguai


ADEMIR QUEIXADA

Ademir Marques de Menezes, apelidado de Queixada, é um eterno ídolo do Vasco. Após brilhar na célebre excursão do Leão ao Centro-Sul, entre o fim de 1941 e o princípio de 1942, foi contratado pelo clube de São Januário. Deixou o Vasco momentaneamente  para ser campeão pelo Fluminense em 1946. Foi quando o técnico Gentil Cardoso, também pernambucano, ao ser contratado pelo Tricolor das Laranjeiras, proferiu a seguinte frase, dirigida à diretoria do Pó de Arroz: “Deem-me Ademir, que eu lhes darei o campeonato”.  Foi atendido e cumpriu a promessa. E o Queixada, encerrada sua importante missão, voltou para o clube da Colina. Na Copa do Mundo de 1950 foi vice-campeão e artilheiro, com nove gols, maior marca de um brasileiro no certame mundial.  

PINGO DE OURO

Orlando de Azevedo Viana, o famoso Orlando Pingo de Ouro, recebeu o apelido quando assinalou quatro gols em tarde de chuva, numa goleada de seu Fluminense, cuja camisa vestiu de 1945 a 1956, sobre o Bonsucesso. Na crônica sobre a partida, o jornalista José Araújo escreveu sobre o pernambucano: “... parecia um pingo d'água presente em todo o gramado e brilhando como se fosse ouro".

No Flu, Orlando contribuiu para conquistas no Campeonato Carioca e torneios interestaduais e internacionais. Defendeu ainda o Santos e o Atlético Mineiro.

Cria do Náutico, o franzino e baixinho Orlando apareceu pela primeira vez na equipe principal em jogo do Campeonato Pernambucano, em 16-6-1940, com vitória do Timbu por 4 x 1 sobre o Flamengo, clube recifense extinto há décadas. Naquele encontro, disputado no antigo campo da Jaqueira, onde atualmente está o parque com o mesmo nome, o Alvirrubro, dirigido pelo lendário uruguaio Umberto Cabelli, alinhou: Djalma; Alfredo e Amarino; Ângelo (Guilherme), Ary Silveira e Alencar; Zezé Carvalheira, Orlando, Chemp (Vadinho), Wilson e Pedro (Celso). Gols de Ary Silveira (2), Wilson e Zezé Carvalheira. Como curiosidade, a partida foi dirigida por José Mariano Carneiro Pessoa, o célebre Palmeira, que depois seria técnico, tendo comandado América, Náutico, Santa Cruz e Sport e a seleção de Pernambuco. Por influência de Orlando, seu irmão Tará, o grande goleador do Santa Cruz, chegou a defender o Náutico, Este, em determinada época contou com o quinteto Irmãos Viana formado por Gerson, Isaac, Roldan, Orlando e Tará. Só uma vez, os cinco atuaram juntos na equipe alvirrubra, em jogo amistoso.

 

 FUROR NA PAULICÉIA  

 

Como Ademir e Orlando, o ponta-esquerda Simão nasceu no Recife. Antes de se projetar nacionalmente, jogou em sua terra natal, defendendo o Sport.

Pedro Simão de Aquino, que durante anos fez furor no futebol paulista, jogando pela Portuguesa de Desportos e pelo Corinthians, entre outros feitos foi campeão paulista em 1954, ano do quarto centenário da cidade de São Paulo.   

Na Portuguesa, Simão participou do ataque mais poderoso da Lusa do Canindé, com Julinho, Renato, Nininho e Pinga. Conquistou na Lusa o Rio-São Paulo de 1952.

Simão, à direita, com o gaúcho Tesourinha




 

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