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PINHEIRENSE E ELY

 



Ambos deixaram seu nome escrito de forma bastante forte na história do Sport Club do Recife. Entre outros feitos participaram da partida de 8 de janeiro de 1956, nos Aflitos, quando o Rubro-Negro ao derrotar o Náutico por 3 x 2 sagrou-se campeão pernambucano de 1955, ano do seu cinquentenário  de fundação. Cada uma das duas equipes havia levantado um turno, o que determinou a realização de uma melhor de três. No primeiro encontro, na Ilha do Retiro, Sport 2 x 0, gols de Traçaia e Gringo.  No segundo jogo, nos Aflitos, empate por 0 x 0. Na final, com o Sport sendo beneficiado em caso de empate, vitória dos leões, como já foi dito, por 3 x 2. Os gols foram de Traçaia (2) e Naninho (Spo), Wilton e Ivanildo (Nau). Jogo nos Aflitos, indicado por sorteio; arbitragem de Willer Costa, árbitro mineiro contratado pela FPF. O campeão Sport, comandado pelo célebre Gentil Cardoso, alinhou: Osvaldo; Bria e Pedro Matos; Osvaldinho, Ely e Pinheirense; Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e Geo. O vice-campeão Náutico contou com Celso, Caiçara e Lula; Edmilson, Gilberto e Nenzinho; Wilton, Hamilton, Ivanildo, Carlos Alberto e Jorginho. Técnico, José Fiorotti. Pinheirense e Ely também jogaram as duas outras partidas da melhor de três.

No segundo encontro decisivo, numa disputa pelo alto com Ivanildo, Ely foi atingido pelo cotovelo do atacante alvirrubro. Saiu de campo com uma fratura no supercílio e mais tarde voltou para o gramado com a cabeça enfaixada e ensanguentada, contrariando a ordem médica. Naquele tempo não havia substituição. Ivanildo, que era um gentleman dentro e fora de campo, apesar de muito lutador, orgulhava-se de uma postura que teve, num tempo em que não se usava a expressão ‘fair play’. “Enquanto Ely esteve sendo atendido pelo departamento médico do Sport, junto à linha lateral, eu também fiquei fora de campo; só voltei quando ele voltou”, disse numa entrevista ao ‘Jornal do Commercio’.

PINHEIRENSE, que permaneceu no Recife após descalçar as chuteiras, possuindo uma loja de peças de automóveis, na Rua da Concórdia.  Era pai do quarto-zagueiro Pinheirense, que defendeu o Ferroviário e o Náutico, além de clubes de outros Estados, principalmente São Paulo.  SÁLVIO MARTINS CORREIA nasceu na cidade de Pinheiros, no Maranhão, tendo militado no futebol maranhense antes da vinda para Pernambuco. Entre outros episódios que viveu, defendendo o Sport, participou da excursão da equipe leonina à Europa e ao Oriente Médio, em 1957.

ELY DO AMPARO nasceu em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro, tendo defendido, entre outros, o Vasco da Gama. Muitos anos depois de ter vestido a camisa do Leão, reapareceu na Ilha do Retiro, como treinador.

 

 

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