No velho Pedro Victor pela velha PRA 8



 

Equipe da Rádio Clube de Pernambuco em ação algumas décadas atrás. Jogo  no velho Estádio Pedro Victor de Albuquerque, em Caruaru, que já foi Central Parque e hoje se chama Luiz José de Lacerda. Não havia cabines para as emissoras visitantes. Trabalhava-se junto do alambrado, sob sol ou sob chuva. Vemos o comentarista Rildo Uchoa, o chefe da equipe e também comentarista, Renato Silva, e o narrador Vicente Lemos. No chão, à esquerda, o operador Djalma Fidelis, – eu, Lenivaldo Aragão, trabalhando para a Rádio Clube e Diario de Pernambuco – e, conversando, com Vicente, um funcionário da TV Rádio Clube, hoje Guararapes. Junto dele, o motorista João.

Tempos que já vão longe. Ainda adolescente, em Santa Cruz do Capibaribe, minha querida cidade natal, escutava pelos gigantescos rádios de válvulas os jogos transmitidos pela “que fala melhor em esportes”. Época de Célio Tavares (Cleo), o chefe da equipe, que morreu prematuramente; os irmãos Laudenor e Itamar Pereira, Jota Soares, Edécio e Pinto Lopes e outros. Anos mais tarde eu estava dando meus primeiros passos na querida PRA-8. Profissionais entravam e saíam. No aconchegante e sempre movimentado Palácio do Rádio Oscar Moreira Pinto, convivi, só para citar a turma do esporte, com veteranos, como Adonias de Moura, Luís Cavalcante, Fernando Castelão, Fernando Belo, Nilson Sabino Pinho e com gente mais nova, como  Armando Fraga, Antonio Menezes, Humberto Siqueira, Estanislau Oliveira – o divertido Fufu, Walter Spencer, Uraquitan Lima, Wagner Mendes, Jota Menezes etc. Também Ivan Lima, João Batista, José Santana e Carlos Lemos.

Entre os novatos, meu irmão Paulo Moraes Aragão. Eu saía nos créditos nas resenhas ou em transmissões, como Lenivaldo Aragão, embora também seja Moraes, como ele. Depois de Paulo preparado, na hora de seu nome ser anunciado, surgiu uma dúvida. Havia uma informação de que o superintendente Hilton Mota não admitia parentes na empresa. Verdade ou mentira? Não se sabia ao certo. Pelo sim, pelo não, decidimos, eu e Vicente,  que em vez de Paulo Aragão, ele entrasse como Paulo Moraes. Pelo menos naquele momento. E assim ficou. Essa história já contei inúmeras vezes porque sempre alguém quer saber. E aqui está dito.

Desculpem, este blá-blá todo é para transmitir a melancolia que eu sinto ao saber que a quase secular Rádio Clube de Pernambuco, a PRA-8 de programas inesquecíveis “Pernambuco Você é Meu”, “Quem Manda é o Freguês”, “Caixinha de Pedidos”, “Atrações do Meio´Dia”, “Beco sem Saída”, “Varandão da Casa Grande”, “Variedades Fernando Castelão” e o amedrontador “Mistérios do Além”, que ia ao ar à meia noite.  

 

 


Comentários

  1. Bom dia amigo Lenivaldo, é lamentável uma história da radiofonia Brasileira fechar as portas, lamentável mesmo. De luto a radiofonia Brasileira e Pernambucana

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  2. Warlindo que escreveu este comentário acima

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  3. Muito triste por esta perda histórica da radifonia brasileira, estamos de luto e mais uma vez se apagam histórias reais das nossas vidas.

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