FIFA VIU DE PERTO

 

Foto: Fábio Souza /CBF


Retorno de Ednaldo acaba risco de punição

 



Não deixou de ser um bom passeio. O diretor de Assuntos Jurídicos da Fifa, Emílio Garcia, e o gerente jurídico da Conmebol, Rodrigo Aguirre, saíram de seus cuidados para observar in loco o rebu que tinha causado o afastamento do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por meios não esportivos. Não tiveram trabalho. Os dois compareceram à entidade nacional nesta segunda-feira (8) e encontraram a Casa funcionando, o comando do antigo titular. Como as notícias hoje  voam, já devem ter informado aos seus superiores do futebol internacional que a normalidade voltou a reinar na Barra da Tijuca.

FORA DE PERIGO

A intervenção do Supremo Tribunal Federal, anulando uma decisão da Justiça Civil carioca e botando ordem na Casa, fez  com que o Brasil deixasse de correr o risco de ser excluído de competições internacionais.

“A Fifa veio aqui para poder garantir a independência da CBF e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do STF que restaura a presidência da CBF a Ednaldo, estamos contentes que voltamos à situação original", disse Garcia.

 

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Ele acrescentou que o risco era grande de uma punição à CBF caso a intervenção da Justiça do Rio na entidade permanecesse.

“Havia um risco real de que o Conselho da Fifa excluísse as seleções brasileiras, em todas as categorias, e os clubes brasileiros de disputar competições internacionais.”

O representante da Fifa ressaltou ainda que "o mais importante para a Fifa e para a Conmebol é que o futebol brasileiro escolheu Ednaldo democraticamente".

Para Ednaldo Rodrigues, o momento agora é de “restaurar a normalidade do futebol brasileiro”. “Temos muitos compromissos que são inadiáveis e urgentes com relação ao calendário do futebol brasileiro, com todas as competições. É o que sabemos fazer e organizar. Queremos que a partir de agora nos concentremos no desenvolvimento do futebol brasileiro, em todos as suas modalidades, em todos os seus segmentos e em todos os seus Estados.”

Em 7 de dezembro, a Justiça do Rio nomeou um interventor para a CBF.

No dia 4 de janeiro, o ministro do STF, Gilmar Mendes, determinou a recondução de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF. O ministro considerou que havia “risco iminente de não inscrição da Seleção Brasileira Sub-23 no torneio Pré-Olímpico”, reiterando que a Fifa não reconhecia como legítimo o interventor indicado pela Justiça do Rio à CBF.

Antes de tomar sua decisão, Gilmar Mendes solicitou pareceres da Procuradoria Geral da República e da Advocacia Geral da União sobre o caso. Ambos defenderam Ednaldo Rodrigues.

Além dos dois visitantes e do presidente da CBF, participaram do encontro o diretor de  Governança e Conformidade da CBF, Hélio Menezes, e o secretário-geral da entidade, Alcino Rocha.


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