Foto: Divulgação |
Lucídio Oliveira
Tem livro novo do Náutico na
praça. O momento do futebol alvirrubro não é dos melhores. Sabemos disso. Mas a
história é escrita independente das variantes do tempo. Não importa se os
momentos de insucesso estão em determinado instante se intrometendo e manchando
a história plena de vitórias e conquistas construída ao longo do tempo, em mais
de cem anos de luta nos gramados.
É o que acontece agora, nesse
nebuloso início de temporada. No campo, derrotas e vexames, como o de domingo
na distante Araraquara, na Morada do Sol. Empate heroico em cima da hora, ainda
que não merecido (em futebol, aprendemos, não tem essa história de merecimento,
jogar bem e bonito e merecer ser o vencedor. É simplesmente vencer, somar
pontos). De nada adiantando porque um gol em nossa barra seria ainda possível.
E assim foi, ainda que que não houvesse mais tempo. Em futebol o tempo, sabemos
também, é facilmente muito bem manipulado por que tem autoridade, o juiz, quem
sabe às vezes de modo suspeito, desonesto.
Fora do campo, porém, ao mesmo
tempo corre a história revivida e preservada de maneira magistral através das
letras, palavras, depoimentos e entrevistas conduzidos por um jovem talentoso
jornalista – Luís Francisco Prates. E assim, temos um novo livro fazendo parte
da rica bibliografia do Náutico: VERMELHO DE LUTA / BRANCO DE PAZ. Tem, como
está dito, a assinatura do recifense-limoeirense Luís Prates.
Coube-me a honra da autoria do
prefácio do livro do companheiro timbu.
E é do prefácio que colho as
observações a seguir, que fazem do Náutico um clube privilegiado, dono da mais
extensa e completa bibliografia na história do futebol brasileiro,
possivelmente também do futebol do mundo inteiro.
Tudo começou, como também foi
dito no prefácio, com a publicação no já longínquo julho de 1988, há 36 anos
portanto, de O Náutico – a bola e as lembranças, de minha autoria. O livro,
pioneiro, o abre-latas da tabela que segue pela ordem cronológica com o título
dos livros precedidos do ano do lançamento e na sequência, o nome do autor:
1 1988 – O Náutico – a bola e as
lembranças / 1ª edição – Lucídio José de Oliveira
2 1996 – Náutico – Retrospecto
de todos os Jogos 1ª parte / 1909 a 1969 – Carlos Celso Cordeiro e Luciano
Guedes Cordeiro
3 1998 – Náutico – Retrospecto
de todos os Jogos 2ª parte / 1970 a 1984 – Carlos Celso Cordeiro e Luciano
Gudes Cordeiro
4 2000 – Náutico – Retrospecto
de todos os Jogos 3ª parte / 1985 a 1999 – Carlos Celso Cordeiro e Luciano
Gudes Cordeiro
5 2002 – Duzentas Quadras em
Verso / A História do Náutico em Apreço – Fernando Cavalcanti Neves Filho
6 Paixão e Fidelidade – Lucídio
José de Oliveira
7 2003 – A Guerra dos Seis Anos
/ A Saga do Hexa – Paulo Augusto de Oliveira
8 2007 – Náutico, Paixão e
Renascimento – Gustavo Krause
9 Náutico / Come & Dorme –
Paulo Araújo
10 2008 – Os Grandes Goleadores:
BITA – Carlos Celso Cordeiro
11 O Náutico – a bola e as
lembranças / 2ª edição – Lucídio José de Oliveira
12 2009 – O Clássicos dos
Clássicos – 100 Anos de História - Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de
Oliveira e Roberto Vieira
13 2010 – Náutico – Retrospecto
de todos os Jogos 4ª parte / 2000 a 2009 – Carlos Celso Cordeiro e Luciano
Gudes Cordeiro
14 Os Grandes Goleadores: KUKI –
Carlos Celso Cordeiro
15 2011 – Estácio Maranhão / Bom
de Bola – Carlos Saldanha Maranhão
16 2012 – Reis do Futebol em
Pernambuco: Técnicos – Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e
Roberto Vieira
17 Náutico – a História em Fotos
– Carlos Celso Cordeiro
18 O Náutico na Taça Brasil /
Epopeia do maior time pernambucano de todos os tempos – Carlos Henrique de
Menezes e Roberto Vieira
19 2913 – Adeus, Aflitos! –
Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira
20 2015 – Reis do Futebol em
Pernambuco: Goleadores – Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e
Roberto Vieira
21 2015 – 2001 / A Odisseia dos
Aflitos – Carlos Henrique de Menezes e Roberto Vieira
22 2017 – Ídolos para sempre –
Carlos Henrique de Menezes
23 2019 – Ídolos em Tardes
Noites Alvirrubras – Lucídio José de Oliveira
24 2024 – Vermelho de Luta /
Branco de Paz – Luís Francisco Prates
São portanto 24 publicações em
36 anos, com 23 títulos distintos (uma das publicações, de 1988 – O Náutico, a
bola e as lembranças – teve uma reedição, em 2008; O Náutico - Retrospecto de
Todos os Jogos, de CCC e LGC, quatro volumes). Decerto, estamos falando de um
recorde sem similar em toda a história bibliográfica do futebol do mundo
inteiro. Motivo para ser inserido o feito no Livro dos Recordes, o Guiness.
Motivo de honra para toda a família alvirrubra.
Comentários
Postar um comentário