Jairzinho (Foto Gazeta Esportiva-Reprodução) |
O calouro Jairzinho diante do gozador Djalma Santos
Seleção Brasileira se
apresentando num passado já longínquo para uma das costumeiras excursões à Europa. Numa segunda-feira, à tarde, a sede
da CBF, ainda na Rua da Alfândega, no centro do Rio de Janeiro, fervilhava. Os
jogadores convocados, todos atuando no Brasil, chegavam pouco a pouco. Numa
mesa grande, vários jornalistas. O lateral Djalma Santos, um eterno gozador, no
meio da turma.
Na véspera, o Botafogo tinha
sido campeão carioca, metendo um sonoro 4 x 0 em cima do Vasco. O zagueiro
vascaíno Brito já tinha dado várias entrevistas tentando explicar o desacerto
vascaíno. A certa altura, passa pela mesa e é chamado pela turma da mídia, o
novato Jairzinho, que havia sido convocado pela primeira vez. Estava com a
corda toda, pois tinha se soltado na final, fazendo gol e botando a zaga
cruzmaltina no quadrado, Brito, inclusive.
Apresentaram Jair a Djalma Santos, que lhe deu os parabéns pela conquista. Conversa
puxa conversa, o novo campeão carioca queixou-se do bicho, que a seu ver
deveria ter sido maior.
– Quanto foi? – indagou o
lateral.
– Cinco mil cruzeiros...
Jairzinho nem terminou a
frase, quando foi interrompido por Djalma Santos.
– Cinco mil, pouco? Garoto,
por que tu não vais ser pedreiro?
Risadagem geral, enquanto
Jairzinho ficou com a cara mexendo, sem ter mesmo o que dizer.
Foto: Reprodução
(Leia mais na coluna No Pé da
Conversa-Lenivaldo Aragão)
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