UM SONHO CONCRETIZADO

 

Quinteto egresso de Pernambuco, em Portugal: nas extremidades, Fernando e Geo, do Sporting, ex-Santa Cruz e ex-Sport, respectivamente. No centro, entre o goleiro Aníbal, do Sporting, ex-Santa Cruz, Edmur e Caiçara, saídos do Náutico para o Vitória de Guimarães. (Foto/reprodução do livro Francisco CAIÇARA-Futebol/Fortaleza/Família)


 

Com livro sobre Caiçara, filho cumpre desejo do antigo  ídolo alvirrubro

 


 

Luiz Antônio Vidal de Negreiros, professor universitário aposentado, porém ainda perspicaz e inquieto, é o mais velho dos três filhos deixados neste mundo por Caiçara, ídolo do Náutico, na segunda metade do século passado, juntamente com sua dedicada esposa Carminha – Ann Mary e Núbio completam o trio.

Depois de muitos anos de intensa busca e muita persistência, Luiz Antônio conseguiu juntar jornais e revistas espalhados deixados pelos pais, indo atrás de pormenores e confirmações em bibliotecas e arquivos públicos e inquirindo pessoas que conviveram com o antigo lateral-direito. Sua pretensão, finalmente alcançada, era concretizar um desejo do pai, publicando um livro sobre sua exitosa passagem pelo futebol. Depois de muita obstinação do filho, que contou com a colaboração dos irmãos e da mãe, enquanto esteve viva, o desejo do ex-jogador do Íbis e do Náutico tornou-se realidade. O livro “Francisco-CAIÇARA-Futebol / Fortaleza / Família”, de pequena tiragem para distribuição com familiares e pessoas mais chegadas, contou com a participação do próprio Caiçara, seja pelas conversas que mantinha com os filhos, recordando sua gloriosa passagem pelo futebol, seja por documentos que deixou, como este em que mostra sua eterna e grata ligação com o Náutico, cuja camisa vestiu durante quase uma década, com uma imensa satisfação. Vejamos:   

TORCEDORES, REPÓRTERES, CRONISTAS: PRIMOROSO TRIO DE ORIENTAÇÃO

Durante os nove anos em que joguei nos clubes de Recife, sendo a maior parte do tempo dedicada ao Náutico, conheci distintos repórteres, cronistas e muitos torcedores alvirrubros. Um jogador de futebol não costuma ter muitos afetos pelos dois primeiros, pois nem sempre as reportagens ou crônicas de seus desempenhos em campo são favoráveis ao jogador. No meu caso, nestas minhas memórias, eu tenho que ressaltar os nomes de Hélio Pinto, Antônio Almeida, LENIVALDO ARAGÃO, jornalistas que sempre estiveram no meu mais alto conceito. Dentre os radialistas tenho que me referir e destacar o trabalho de Ari Santa Cruz, Nilson Sabino Pinho, Barbosa Filho, José Santana. Também não posso deixar de fora destas memórias o provocador chargista Coaracy Nunes.

Dentre tantos críticos e incentivadores, destaco um dos fatores mais importantes para um jogador de futebol: a torcida do time e os fãs dos clubes. Sem estes, especialmente a torcida, mesmo que, às vezes, sejam impiedosos e severos julgadores, certo é que o futebolista jamais daria tudo de si, em campo. O futebol sempre melhora com a torcida.

Estou certo de que a torcida é, em todas as situações da peleja, o 12º jogador em campo. E, mesmo contente de ter sido, em 1959, mais um jogador do Náutico a ir jogar futebol em um time português, certos todos podem ficar que a torcida do Náutico, jamais vou me esquecer daquele brado, dando vibração sonora à geral e às arquibancadas, incentivando a equipe. Até hoje, ecoa em minha memória: N-Á-U-T-I-C-O!

      

 

 

 

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