NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão

 

Ricardo Rocha dá seu nome ao troféu da festa (Foto: reprodução)


TEM XERIFE NA FESTA DE WASHINGTON / DOIS ITENS CONTRA O SANTA / A BASE PODE AJUDAR / RELEMBRANDO ZÉ COIÓ / SEM JOGAR PEDRA NA GENI / ALÍVIO NOS AFLITOS / GUERRA DOS VOTOS NA ILHA / HENRIQUE QUEIROZ FOI EMBORA

 

 

 

 

TEM XERIFE NA FESTA DE WASHINGTON  

Calma, o xerife a que me refiro é Ricardo Rocha, campeão do mundo em 1994 pela Seleção Brasileira, depois de ter levantado a taça pernambucana com o Santa Cruz, em 1983. Os times que defendeu: Santo Amaro e Santa Cruz-PE; Guarani, Santos e São Paulo-SP; Flamengo, Fluminense, Olaria e Vasco-RJ; Sporting-POR; Real Madrid-ESP e

Newell’s Old Boys-ARG., pois, essa fera que valoriza sua pernambucanidade, e isso muito nos orgulha, estará presente nesta sexta-feira (29) a 14ª edição do Troféu Destaques da Crônica Esportiva. O evento promovido com muito esforço pelo radialista Washington Ramos, leva o nome de Ricardo, que tem presença assegurada, juntamente com os homenageados, é claro, e dirigentes, cronistas esportivos e jogadores, novos e veteranos. Local, Restaurante Boi e Brasa, na sede do Sport Club do Recife, a partir de 20h. Um dos homenageados é Santanna, o Cantador, um dos ícones da música nordestina.     

DOIS ITENS CONTRA O SANTA 

Essa dificuldade que o Santa Cruz está encontrando para contratar jogadores de nível técnico, pelo menos razoável, era previsível. Se o fato de não figurar em qualquer uma das quatro divisões do futebol brasileiro já é um obstáculo, imaginem só o prejuízo que causa a limitação salarial que o clube é forçado a fazer.

A BASE PODE AJUDAR

Em momentos como o atual, não só o Santa Cruz, como seus rivais em Pernambuco, já se valeu da turma surgida nas divisões básicas, soltando o gado miúdo paulatinamente. Logicamente os novos, sozinhos, não resolvem tudo. Mas ajudam.

LEMBRANDO ZÉ COIÓ

Os mais velhos, como eu, recordam a obstinação com que Zé Albuquerque, dirigente tricolor na fase pré-pentacampeonato, insistia no aproveitamento da meninada. “Eles são o nosso futuro porque estamos em dificuldades”, dizia Zé Coió, como era conhecido. Ele sabia do que estava falando, por ser gerente de banco, no tempo em que o ocupante do cargo era a segunda pessoa do/s dono/s da instituição bancária. O Santa não deixou de contar com jogadores mais experientes, porém, a prata da casa foi tendo vez, com Birunga, Givanildo, Cuíca, Fernando Santana, Luciano, Joel e Ramon, só para citar alguns. Terminou dando certo.

SEM JOGAR PEDRA NA GENI

Numa fase conturbada pela qual o Santa Cruz e uma grande quantidade de expoentes do futebol brasileiro, está passando, a torcida precisa dar seu incentivo. Só não pode acontecer o que ocorria em relação a Rivaldo. Começando a entrar no time principal, o jovem que aos olhos de muitos, inclusive gente da mídia, parecia desajeitado, era xingado e vaiado ao menor deslize técnico. Terminou indo “baixar” noutro terreiro. E o resto da história todos sabem. De cor e salteado.

ALÍVIO NOS AFLITOS

Ao romper a superioridade de Sport e Retrô no meio da meninada, o Náutico terminou levantando a Copa Pernambuco Sub20, com uma vitória conquistada no pau do canto sobre a Fênix, quando a decisão já caminhava para a cobrança dos pênaltis. Kauã Maranhão, o autor do gol salvador – o jogo terminou em 1 a 0 – e seus companheiros, ainda hoje são festejados nos Aflitos. Eles merecem.

GUERRA DOS VOTOS NA ILHA

É o que se espera agora em dezembro no Sport, se forem confirmadas as três pré-candidaturas para as eleições rubro-negras, com os candidatos Yuri Romão (reeleição), Carlos Antônio Filho e Rafael Arruda.

HENRIQUE QUEIROZ FOI EMBORA

Henrique, de camisa branca, com Zé Neves Cabral, na Cristal, sob minha observação


Lamento ter que falar sobre a ida para a morada eterna do cronista esportiva Henrique Queiroz, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (29).

Fomos integrantes da equipe esportiva do Jornal do Commercio durante muito tempo, ele como um aplicado repórter e eu, como subeditor e editor. Por brincadeira, chamava-o de “Henrique Queiroz, o repórter de todos nós”.

Uma história que não esqueço aconteceu num fim de ano, na minha primeira passagem pelo JC, ainda na fase das vacas magras, antes de João Carlos Paes Mendonça baixar por lá. Além do futebol, Henrique cobria o automobilismo. Véspera de Natal, a noite já havia chegado, só alguns gatos pingados na Redação, eu, inclusive. Aparece um mensageiro com um caprichado “peru de Natal” enviado pela turma das corridas, endereçado a Henrique. O presente foi parar na mesa de Valdomiro Arruda, o cacique que dava as ordens na tribo. “Cadê Henrique?”, perguntou Arruda. Àquela altura ninguém sabia em que bar da Cidade Maurícia, o homem seria encontrado. E havia muita gente com olhos de cobiça passando pela mesa de Arruda, situada na entrada do salão.

Josa Macedo, repórter de amadorismo, categoria em que enquadrávamos o automobilismo, assumiu a tutela do presente. “Sou da mesma equipe dele, tenho mais facilidade de falar com ele”, argumentou. Dito isso, arrebatou o infeliz galináceo e colocou-o dentro do seu armário.  O tal peru foi devorado horas depois, a vários quilômetros do JC, no bairro do Janga, em Paulista.

Antes da partida da inditosa e apetitosa ave para seu improvisado destino final, numa das mesas do saudoso restaurante Dom Pedro, eu diverti a turma criando uma música dentro da categoria “grea geral : “Roubaram o peru do Henricão / E começou a confusão / O peru voou, voou, voou / E Henricão chorou, chorou / chorou / Quando se lembra, o Henricão se zanga / E o peru foi bater no Janga”.

Dois dias depois, ao saber do sequestro do peru, “o repórter de todos nós” entrou na zona também, divertindo-se com minha “composição musical” e o arrebatamento de seu brinde para mesa não programada. Sabia que naquelas circunstâncias, quando nem celular existia, com ele longe do jornal, o tal do peru era uma causa perdida.

 

 

 

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