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Capiba e Nelson Ferreira, compositores tricolores (Foto: Acervo Fundaj) |
CAPIBA, NELSON E ROSENDO, TRICOLORES ARRETADOS
LENIVALDO ARAGÃO
Desde 1930 têm sido feitos frevos para enaltecer os times pernambucanos. Alguns
viraram uma espécie de hino do clube, como aquele com que o surubinense Capiba
– Lourenço da Fonseca Barbosa (28/10/1904 – 31/12/1997) louva seu Santa Cruz
após o supercampeonato de 1957. Na verdade, trata-se de uma marcha-exaltação,
chamada O Mais Querido, foi gravada em disco Mocambo (nº
15.216/B), da Fábrica de Discos Rozenblit, dos irmãos José e Isaac Rozenblit, na
voz de outro monstro sagrado do frevo, Claudionor Germano. Confira a letra:
“Santa Cruz
Santa Cruz
Junta mais essa vitória
Santa Cruz
Santa Cruz
Ao teu passado de glória
És o querido do povo
O Terror do Nordeste
No gramado
Tuas vitórias de hoje
Nos lembram vitórias
Do passado
Clube querido da multidão
Tu és o supercampeão”
VITÓRIAS COLOSSAIS
Na época, Nelson Ferreira,
tricolor como Capiba, porém menos radical, compôs o frevo-canção SUPERCAMPEÃO,
também gravado por Claudionor Germano, sob o pernambucaníssimo selo Mocambo.
Além do primeiro Super, o Tricolor do Arruda havia sido campeão no juvenil e no
aspirante. No início, a gravação tem um texto falado em que os locutores César
Brasil e Rosa Maria, ambos da Rádio Clube (PRA-8) revezam-se, declinando a
escalação da equipe supercampeã, emendando com uma convocação ao chefe de
torcida, Anísio Campelo:
“Aníbal, Diogo e Sidney; Zequinha, Aldemar e Edinho;
Lanzoninho, Faustino, Rudimar, Mituca e Jorginho! Em saudação a estes
supercampeões de 1957, o comandante Anísio Campelo, desfraldando a bandeira
gloriosa das Repúblicas Independentes do Arruda, dá o seu grito de guerra:
“Atenção, tricolores
Um, dois, três, quatro, cinco,
seis
Torcemos com prazer
Queremos a vitória
Nosso lema é vencer.
Uah, uah, uah, Santa Cruz’.
Aqui entra a letra:
“Vamos cantar com toda emoção
Um, dois, três, quatro, cinco, seis
Saudando a faixa de supercampeão
A que fez jus o mais querido Santa Cruz
II
Foram três as vitórias colossais
Juvenis, aspirantes, profissionais
Repúblicas Independentes do Arruda
Pernambuco vos saúda
III
Anísio, chama a torcida
Tudo pelo Santa, nosso sangue e nossa vida
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Torcemos com prazer
Nosso lema é vencer”
TRICOLOR DE ARREPIAR
Em 1942, Sebastião Rozendo, outro tricolor de fé lançava COBRINHA
NO GRAMADO”, frevo-canção gravado originalmente por Expedito Baracho:
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Sebastião Rosendo (Arquivo do Blog) |
“Eu sou Santa Cruz de corpo e alma
E serei sempre de coração
Pois a cobrinha quando entra no gramado
Eu fico todo arrepiado
E torço com satisfação
II
Sai, sai timbu
Deixa de prosa oh seu leão
Periquito, cuidado com lotação
Que matou pássaro preto
Santa Cruz é tradição
(Cobrinha – Santa Cruz
Timbu – Náutico
Leão – Sport
Periquito – América
Lotação – o extinto Auto Esporte, clube dos motoristas
Pássaro Preto – Íbis
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