LENIVALDO ARAGÃO
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Torcida tricolor no Clássico das Multidões (Genival Paparazzi-Cortesia) |
Tenho dito sempre que o Brasil
precisa criar uma lei especifica para combater a ação criminosa das chamadas
torcidas organizadas. Leia-se, criminosos organizados. Porém, reina uma incompreensível permissividade
no nosso País, no sentido de fechar os olhos aos atos nefastos desses fora da
lei. É bom lembrar que a polícia cumpre sua parte, mas é de certo modo tolhida
pela liberalidade dominante.
Todavia, as atrocidades
cometidas no Recife e em alguns pontos da Região Metropolitana, neste sábado
(1º), antes do jogo Santa Cruz 1 x 0 Sport, enfim, chamaram à responsabilidade as autoridades das mais diferentes
camadas. A partir da governadora Raquel Lyra, desde os tenros anos, cercada de
familiares desportistas, todos torcedores do bem, em diferentes setores da
sociedade, incluindo pessoas poderosas e comuns, tem havido um flagrante reação
aos distúrbios cometidos por esses marginais, cujo comportamento chegou ao
máximo da degeneração social.
Quem acompanha futebol sabe
que dentro dos estádios pode acontecer uma ou outra desinteligência entre torcedores,
facilmente contida pelos policiais militares. Acredito que punir o verdadeiro amante
do futebol, que nada tem a ver com a criminalidade reinante nas cercanias das
praças esportivas e em partes espalhadas pela metrópole, privando-o de assistir
aos jogos, pode mostrar o interesse dos poderes em por fim à desordem reinante,
funcionando apenas como um paliativo. É preciso que os marginais flagrados
pelos homens da lei sejam realmente punidos com a prisão, passando a ver o sol
nascer quadrado.
Para que os verdadeiros torcedores
possam continuar desfrutando de seu passatempo preferido há controles científicos,
como a identificação facial. Talvez seja um processo dispendioso, mas seria um caminho
para separar o joio do trigo.
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