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Yuri Romão, presidente rubro-negro (Reprodução Paulo Paiva/Sport) |
O DESPERTAR DA PRIMAVERA
CLAUDEMIR GOMES
O Sport volta a campo neste
domingo para enfrentar o Mirassol, em jogo válido pela décima-primeira rodada
do Brasileiro da Série A. Entretanto, o assunto dominante entre os
rubro-negros, nos últimos dias, tem sido o “Despertar da Primavera”, provocado
por uma “bomba” publicada pelo jornalista, Ricardo Antunes, em seu blog, que
fez estremecer os alicerces da Ilha do Retiro. O “Despertar da Primavera” foi a
última grande ofensiva alemã na Segunda Guerra Mundial. A ação aconteceu na
Hungria, em março de 1945. Ricardo Antunes realiza um trabalho elogiável de
jornalismo investigativo no nosso Estado. Digo sempre que ele é o nosso Dom
Quixote do Século XXI, enfrentando o poder e os poderosos sem medo de ser
feliz. No início da semana recebi um dossiê sobre o presidente do Sport, Yuri
Romão. Nitroglicerina pura. Uma autêntica “bomba”, como costuma dizer o
paladino Ricardo Antunes. De imediato repassei para dois ex-gestores do clube
da Ilha do Retiro. As respostas que obtive: I – “Isso cheira a falcatrua”. II –
“Lamentável! Se essas empresas realmente existirem o Yuri deve muitas
explicações”. Mais ensurdecedor que o “Despertar da Primavera” é o “silêncio
dos justos” na Ilha do Retiro. O presidente do Conselho Deliberativo, junto com
seus pares, lavou as mãos. O esforço do presidente Yuri Romão em justificar o
injustificável esbarrava nas imagens de uma casinha pequenina na Rua Santo
Antônio, número 10, na discreta cidade de Chã Grande (20.546 habitantes). De
imediato me veio a lembrança de uma frase bastante usual, antigamente em
cidades do Interior do Estado: “Desculpa de amarelo é comer barro”. Simples
assim. No “Despertar da Primavera” de 1945 as forças soviéticas reagiram
rapidamente e expulsaram os alemães. Nos dias de hoje, o “Despertar da
Primavera” do Sport será atenuado com uma boa vitória do time comandado pelo
até então desacreditado Antônio Oliveira, diante da equipe do Interior
Bandeirante. Numa comparação direta entre as campanhas do Mirassol e do Sport,
se chega à conclusão lógica de que é pouco provável uma vitória do time
pernambucano neste domingo. Se analisarmos as formações com as quais o Sport
disputou as últimas partidas, observaremos que, a maioria dos atletas são
remanescentes da Série B. Enfim, os dirigentes leoninos erraram de forma
grotesca na montagem do grupo para disputar o Brasileiro da Série A. “Futebol é
uma caixinha de surpresas”, ecoa o otimismo dos mais velhos. Espero que não
seja uma bomba como o “Despertar da Primavera”, provocado por Ricardo Antune
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