ABECC, UMA FÁBRICA DE ATLETAS

 

 

 

Alícia no Rio Open  (Foto: Maxwell Santos)

 


   

Alícia Assunção, joia do taekwondo em plena lapidação



MARCELO ARAGÃO




O projeto social levado a cabo, em Pernambuco, pela ABECC (Associação Beneficente Esportiva Criança Cidadã), atende cerca de 150 crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social. Além do karate, judô e taekwondo, a entidade oferece aulas de português e matemática, e acompanhamentos psicológico e nutricional.

Os professores e alunos da ABECC

ainda comemoram o vice-campeonato do carateca Lucas Bispo, no Pan-Americano de Karate, realizado recentemente em Monterrey, no México.

A atleta Cailane Alcântara, igualmente aluna da ABECC, também esteve presente, porém, ao contrário de sua participação anterior, no Equador, quando subiu ao pódio duas vezes, agora não medalhou.

UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Outra atleta da ABECC serve de orgulho para os instrutores e de incentivo para os alunos da instituição. Trata-se de Alícia Assunção, de 15 anos, que no passado fim de semana conquistou a medalha de prata no Rio Open de Taekwondo 2025. Nova na idade, com determinação de veterana, Alícia mostrou seu valor no tatame. Ser vice-campeã numa competição que contou  com representantes de 46 países, tornou-se um feito extraordinário.

Realizado, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, o evento contou pontos para o ranking mundial. A medalha de prata numa das competições mais importantes da modalidade foi a segunda premiação de Alícia. No Pan-Americano, no México, ela obteve o bronze.

DE BICICLETA SOB A CHUVA

Quanto ao Rio Open, o expressivo resultado no Sudeste do Brasil, de acordo com o técnico Victor Matheus, não veio à toa, pois é fruto de muita dedicação e perseverança: “Além da técnica apurada, Alícia é um exemplo de comprometimento e superação, tendo em vista que chega para os treinos sozinha, de bicicleta, à noite, muitas vezes, sob chuva. É uma guerreira dentro e fora do tatame”, destacou o treinador. “Essa medalha não é só minha, é de todos que acreditam na gente. Representar Pernambuco, o Brasil e a ABECC é motivo de muito orgulho. A educação e o esporte são capazes de promover a verdadeira inclusão social”, disse Alícia Assunção.

“São duas medalhas internacionais em modalidades diferentes, em 15 dias. Isso sinaliza que estamos no caminho certo. É muito gratificante saber que a ABECC transforma vidas, e se tornou um celeiro de campeões, porém, acima de tudo, forma cidadãos”, completou a coordenadora geral da ABECC, Thaís Melo Nery.

PAN-AMERICANO DE MULHERES

Sonhando alto, Alícia Assunção almeja chegar muito mais longe: “Cada desafio superado nos motiva para continuarmos firme e forte. Vou trabalhar para representar muito bem as bandeiras da ABECC e do País mundo afora”, cravou a atleta que já mira o Pan-Americano de Mulheres que será disputado no Peru.

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