ANDRÉ CARLOS ALVES DE PAULA

 

SOB A SUA BATUTA, O ARRUDA VIROU COLOSSO


 

 


Na foto, André de Paula recebe de André de Paula, filho, o título de benemérito do Tricolor, aparecendo ainda mais duas figuras notáveis no Santinha, Marco Maciel e Rodolfo Aguiar)




(O título e o texto que segue foram extraídos do livro “Santa Cruz de Corpo e Alma” e refere-se a um desportista há três dias falecido aos 88 anos de idade, que deixou uma inestimável folha de serviços prestados ao Santa Cruz)

 


Tricolor de longa data, ainda na infância o engenheiro André Alves de Paula iniciou sua caminhada de torcedor do Clube das Multidões.

Sua colaboração mais concreta, no entanto, aconteceu a partir de 1971, ao assumir a presidência da Comissão Patrimonial do Santa Cruz, quando teve imprescindível atuação impulsionando as obras de construção do Estádio José do Rego Maciel, contando com grandes colaboradores,  da estirpe de  Henock Coutinho de Melo, Álvaro Correia, Mariano Carneiro da Cunha, Aristófanes de Andrade, José Inojosa, José do Rego Maciel e Reginaldo Esteves.

Nessa época, um dos eventos esportivos mais importantes no futebol mundial foi a Taça Independência, promovida pela CBD, atual CBF. Comemoravam-se os 150 anos da Independência do Brasil e havia uma grande expectativa quanto à possibilidade de trazer para o Recife esse grande espetáculo esportivo, popularmente denominado de Minicopa e que se realizaria apenas em grandes cidades, desde que tivessem estádios capacitados à realização de partidas com público numeroso. Pernambuco teria ficado fora da Minicopa não fora a atuação de seus dirigentes e colaboradores, destacando-se entre esses a figura forte e decidida do empresário e diretor do clube André Alves de Paula.

Sua participação na história do Santa Cruz se deu, direta ou indiretamente, durante toda a construção do Estádio José do Rego Maciel e também nas fases posteriores de ampliação e crescimento. Como diretor da Comissão Patrimonial solicitou crédito ao Bandepe, no valor de US$ 850.000,00 para essas obras, empréstimo esse que foi quitado em 31/8/1979, tendo sido oficializado e recebido por ele próprio, pois se tornara presidente daquele estabelecimento bancário. Em 7/7/81, André de Paula mais uma vez participa dos destinos do Santa Cruz, ainda como presidente do Bandepe, ao aprovar a operação no valor de US$ 2.700.000,00, com recursos da resolução no 6 do Bacen, garantindo o crédito para a ampliação do estádio, de uma área de 12.412,00 m2 para 22.668,60 m2, ou seja, um aumento de 82,63% de sua área, que foi quase duplicada, ampliando sua capacidade para 80.000 espectadores.

Ainda como presidente do Bandepe aprovou crédito solicitado pelo Santa Cruz, através de Aristófanes de Andrade, para reforço de caixa, a fim de saldar compromissos referentes à operação da resolução 63, no valor de Cr$ 75.000.000,00, em 1/7/82.

André de Paula participou ativamente do Projeto Parceria, ao lado de Fred Carvalho, conseguindo com o prefeito Joaquim Francisco o material que faltava para a conclusão dos trabalhos que estavam sendo realizados, utilizando para tal a colaboração de servidores da própria comissão.

André de Paula, que tem se distinguido como um grande empresário, imprimiu esse mesmo destaque como dirigente do Santa Cruz, na condição de partícipe da Comissão Patrimonial, e enfim como torcedor do Clube das Multidões

 

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