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Foto: Reprodução |
O CARISMÁTICO HÉLIO
DOS ANJOS
Por CLAUDEMIR GOMES
Logo que foram definidos os
grupos para a próxima fase da Série C do Brasileiro, que começa a ser disputada
no final da semana, o mestre Roberto Vieira, que tem uma leveza sem igual no
trato com as palavras, traduziu a aflição do seu coração alvirrubro com a
frase: “Náutico no grupo da morte junto com Brusque, Guarani e Ponte Preta”.
Como no futebol tudo é muito
relativo, principalmente quando se trata do pressuposto, as opiniões se dividem
no seio da tribo alvirrubra. Ao invés de sublimar a força dos adversários, o
ex-presidente do Clube dos Aflitos, Eduardo Araújo, optou por enaltecer as
qualidades e a experiência do comandante Hélio dos Anjos.
– Quando o assunto é futebol
as opiniões são muito divergentes. Há quem defenda a tese de que o técnico não
é determinante para um time conseguir vitórias e atingir metas. Hélio dos Anjos
está provando o contrário. Chegou e ajustou o grupo. O Náutico deu liga com
ele. Estou confiante – revelou o
ex-dirigente.
Este é o terceiro ano seguido
que o Náutico disputa a Série C do Brasileiro. Quem conhece a história do Clube
dos Aflitos dirá que o fato é uma coisa circunstancial, embora não deixe de ser
desconfortável. No comparativo entre as três campanhas encontramos espaço para
parodiar o genial Luís Fernando Verissimo: O futuro de hoje é melhor que os
anteriores! Evidente que nada está garantido. Afinal, a bola ainda irá rolar
seis vezes: três na casa dos adversários, e três no alçapão dos Aflitos. É aí
que está o ponto de desequilíbrio a favor dos alvirrubros. O mapa do sucesso é
o mesmo para os quatro times: fazer bem o dever de casa e buscar o bônus extra
na condição de visitante. Hélio dos Anjos conhece essa verdade de cor e
salteado. Afinal, dos treinadores em atividade no futebol brasileiro, ele é um
dos que têm o maior número de acessos no seu currículo. Com o Náutico são dois:
Série A em 2006 e Série B em 2020.
A história nos mostra que,
todo grande exército se mira no exemplo do comandante. Trabalhei com Hélio e
conheço seu jeito, suas crenças e a força motivacional que transfere para os
seus comandados. É o comandante certo para o momento que o Náutico está vivenciando.
Dia desses nos encontramos numa caminhada, no calçadão, em Boa Viagem. Momento
de alegria onde o comandante alvirrubro deu mostras de sua lealdade ao
perguntar por alguns amigos que temos em comum. Sem dar bolas ao tempo, ele faz
planos para voltar à Série A. Seu sonho é de que isso aconteça com ele na
condição de timoneiro do barco alvirrubro. Mas primeiro, as primeiras coisas: o
foco agora é no quadrangular que o Náutico disputará a partir do próximo
domingo.
Roberto Moraes é um dos
alvirrubros mais autênticos que conheço. Vai para a padaria logo cedo fazer
resenha; conhece a metade e mais um pouco dos moradores de Boa Viagem, e não
esconde de ninguém sua ansiedade com relação ao quadrangular que o Náutico irá
disputar. Todos os dias faz consulta ao seu xará, Roberto Nascimento. Quando
sente que os nervos estão realmente à flor da pele, escuta a narração de um
pênalti feita pelo espetacular Aroldo Costa, da Rádio Jornal. Emoção de
arrepiar, e que lhe leva às lágrimas. Decisão é isso. Aposto em Hélio, o Rei do
Acesso
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