SELEÇÃO DOS MELHORES

 


                        

CLAUDEMIR GOMES




O jornalista, Gustavo Luchessi, me pediu para escalar a Seleção Pernambucana de Todos os Tempos. Não podia me refutar a uma solicitação vinda de Guga, que refuto como um dos melhores cronistas esportivos das nova geração. Antemão lhe falei que se tratava de uma missão hercúlea, e qualquer um que se atrevesse a encará-la, cometeria injustiças. Certa vez, Sérgio Moury Fernandes convidou um grupo de desportistas e jornalistas, para que, cada um selecionasse os 20 melhores jogadores que vestiram as camisas do Sport, do Náutico e do Santa Cruz. Dentre os convidados, Rodolfo Aguiar, considerado, sem nenhum questionamento, um dos maiores dirigentes da história do Tricolor do Arruda. Com a propriedade de quem, como poucos conhece a história do seu clube, ele fez a seguinte observação: “O Santa Cruz, assim como o Náutico e o Sport, são clubes centenários. Selecionar 20 jogadores de cada um é cometer injustiça com muitos outros que também tiveram brilho intenso em épocas distintas”. Não veio nenhum critério, para ser seguido, anexo ao pedido de Luchessi. São jogadores que passaram pelos clubes pernambucanos. A seleção não seria formada, necessariamente por filhos da terra. A partir daí surge um turbilhão de interrogações. Afinal, temos aqueles craques que brilharam intensamente no futebol pernambucano, mas não fazem parte da constelação de estrelas que brilharam no cenário nacional. Por outro lado, há um grupo cujo brilho no nosso Estado não foi tão intenso, mas que foi louvado nacional e internacionalmente. Qual foi o maior técnico? Gentil Cardoso, Rubens Minelli, Orlando Fantoni, Duque, Evaristo de Macedo, Abel Braga, Emerson Leão, Ênio Andrade, Carlos Alberto Silva... O Odorico Paraguassu nos lembra que: “Patrasmente desses aí, tem comandantes que merecem ser lembrados”. Portanto, o desafio da tarefa começa com a escolha do treinador. Escolher o goleiro é muito difícil porque a tendência é o cidadão indicar quem ele viu jogar. Basta colocar alguns nomes para a interrogação se tornar gigantesca: Manga, Manoelzinho, Wendell, Barbosa, Detinho, Lula Monstrinho, País, Magrão, Leão, Bosco, Birigui, Luís Neto... Se escolher um goleiro fica difícil imaginem formar uma dupla de zagueiros: Ricardo Rocha, Lula, Levir, Paranhos, Ailton, Beliato, Durval, Wagner Basílio, Mauro, Caiçara... Façam suas escolhas. Na lateral direita o nome de Gena é quase uma unanimidade, mas a habilidade de Betão o coloca entre os fora de série. Carlos Alberto Barbosa também é um nome muito lembrado entre os muitos outros pré-selecionados. A lista dos candidatos a ocupar a lateral esquerda começa por Rildo, que saiu do Sport para o Batafogo/RJ e defendeu a Seleção Brasileira na Copa de 66, mas existem nomes como o de Pedro Nepomuceno, Dutra, Clóvis, Macaé... Estamos tentando montar uma seleção com jogadores que defenderam clubes centenários, fato que se torna ainda mais difícil em virtude das variações táticas, razão pela qual colocamos a disposição alguns nomes para que o leitor forme o seu meio-campo: Zito, Luciano, Givanildo, Vadinho, Assis Paraíba, Ivan Brondi, Zé do Carmo, Jorge Mendonça, Mazinho, Vasconcelos, Edson, Ivanildo Espingardinha, Zequinha, Juninho Pernambucano, Rivaldo, Bita, Raúl Betancor, Diego Souza, Ribamar... Evidente que, a lista é bem mais intensa. O pelotão acima citado é apenas uma mostra dos craques que deram uma contribuição efetiva para o crescimento do futebol pernambucano atuando como meio-campistas dos nossos clubes. Quando chegamos ao ataque o desafio se torna maior, então vejamos: Nado, Dario, Tará, Ramon, Nunes, Robertinho, Eder, Joãozinho, Leonardo, Mirandinha, Ademir Menezes, Baiano, Kuki, Roberto Coração de Leão, Marlon, Nino... Ah! Para encerrar vem a pergunta mais difícil: Quem foi o melhor de todos?

 

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